Não são raros os comerciantes da Cantuquiriguaçu que reclamam da concorrência do e-commerce. E não é por acaso. Hoje o consumidor tem acesso a qualquer produto e o leque é grande, pois vai de um simples sanduiche ao mais sofisticado veículo. Hoje em dia tudo pode ser comprado através do comercio eletrônico.
É certo que no virtual, o consumidor corre o risco de ser enganado e não pode ter pressa, uma vez que alguns produtos demoram uma eternidade para chegar, principalmente os adquiridos em sites estrangeiros, como o Ali Express, por exemplo, e que o mercado eletrônico está repleto de armadilhas.
No entanto, esta deficiência do e-commerce já está sendo superado pela estratégica de logística e segurança, como o Compra Garantida, que as grandes empresas do segmento vêm adotando. Com isso o argumento de que é mais atraente comprar e já levar o produto para a casa está perdendo força, uma vez que muitas compras chegam nas mãos do consumidor e dois ou três dias.
Com o passar dos dias, o comércio eletrônico vem ganhando espaço e se mostra uma tendência no setor varejista que fez até mesmo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) rever suas projeções para a quantidade de lojas que serão abertas no Brasil. No começo do ano passado a entidade calculou o surgimento de 20,7 mil pontos de vendas, mas o ano fechou com apenas 5,2 mil novos estabelecimentos. Números que sugerem que é preciso apertar os cintos para atravessar a instabilidade econômica e o clima de incerteza no país.
Outra barreira é a questão burocrática para se conseguir abrir uma loja física. O trâmite além de oneroso é moroso, ao contrário do e-commerce.
Além do apresentado pela Confederação, que apontam as dificuldades que um empresário pode ter ao tentar abrir uma loja física, seja qual for o porte. Um deles é o fato de os compradores estarem cada vez mais conectados a opções de e-commerce.
Tanto os varejistas quanto as grandes corporações já perceberam que o momento é de mudar e rever a modalidade de negócio. Afinal, atraindo clientes ou não, com retração de vendas ou não, é preciso manter o negócio funcionando.
Daí vem a tendência de migração para o e-commerce. As marcas precisam estar onde o público está, ou seja, no mundo real e no virtual. O consumidor espera que seu desejo seja realizado a um clique.
Portanto vale citar aqui Charles Darwin, naturalista britânico, autor da Teoria da Evolução: Não são as espécies mais fortes que sobrevivem, nem as mais inteligentes, mas sim as mais suscetíveis a mudanças. Talvez isso sirva de inspiração.