Depoimento de Lula é a bola da vez

Amanhã será um dia histórico para a justiça brasileira, em que pese toda a polêmica gerada com o depoimento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao juiz Sergio Moro, uma eventual prisão do petista é mínima. Já o histórico fica por conta de um ex-presidente sentar no banco dos réus, pela primeira vez em Curitiba. Por outro lado e levando em consideração o histórico do juiz, em outras demandas, ele já prendeu outras pessoas com bem menos do que pesa contra Lula.

O depoimento do ex-presidente é cercado de uma enxurrada de pedidos feitos pela sua defesa, à maioria já foi negado. Entre elas o pedido para fazer uma gravação própria do depoimento de Lula. Provavelmente Moro, se previne de que Lula mais uma vez queira transformar seu depoimento em um palanque político partidário a exemplo do seu depoimento ao juiz Ricardo Augusto Soares Leite da 10ª Vara de Justiça Federal de Brasília. Moro também proibiu aos procuradores e advogados de entrar na sala com aparelhos celulares. A medida visa evitar possível vazamento à imprensa antes da hora. Provando que Lula não será tratado diferente da maioria dos réus da Laja Jato, a juíza Diele Denardin Zydek, da 5ª Vara da Fazenda Pública, da Prefeitura de Curitiba, proibiu acampamentos em ruas e praças da cidade das 23 horas de ontem até às 23 horas desta quarta-feira. Caso os manifestantes desobedeçam será aplicada uma multa diária de R$ 50 mil. O próprio juiz Sergio Moro, pediu à população que tem se manifestado através das redes sociais, e que pretendem ir a Curitiba manifestar seu apoio a Operação Lava Jato, que não se desloquem a Capital. Não opinião do juiz, isso evitará algum tipo de confusão ou conflito que em nada viria ajudar nesse momento.

De qualquer forma está sendo montado um grande esquema de segurança, para evitar que grupos pró ou anti-Lula venham a se encontrar na Capital do Estado. Vivemos um momento histórico, mesmo que consideremos os últimos despachos do Supremo Tribunal Federal (STF), que mandou soltar algumas figurinhas carimbadas envolvidas nas falcatruas do mensalão e Lava Jato, até o pescoço. Bem aplicar esse termo para os envolvidos após as delações da seria ser condescendente com os envolvidos e compactuar com a decisão STF, que não é a opinião da maioria absolta dos brasileiros.

 

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