Disputa eleitoral segue acirrada

Quem vencer precisa lembrar que representa toda a população do país e não apenas a metade que o eleger

Em votação na última terça-feira (26) os ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiram por unanimidade, acolher parcialmente pedido de direito de resposta apresentado pela coligação Pelo Bem do Brasil contra a coligação Brasil da Esperança. O partido alega que a aliança adversária veiculou propaganda eleitoral gratuita em bloco em emissoras de televisão contendo ofensas à honra e à imagem do candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL).

A propaganda em questão associa Bolsonaro a milícias, rachadinhas, corrupção e divulgação de fake news, entre outros. “Sugiro, para os devidos pares e setor responsável pelo direito de resposta, o seu procedimento para que não haja uma falta de isonomia entre os candidatos e não haja um prejuízo de um em detrimento de outro”, informou.

A propaganda eleitoral veiculada em rádios contudo, ganha protagonismo diante das denúncias feitas pela coligação de Bolsonaro. De acordo com o relatório entregue ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na mesma terça-feira (25) há um sério desequilíbrio nas inserções de campanha eleitoral em rádios favorável a seu adversário, o candidato à Presidência Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O envio do relatório atendeu a um pedido do presidente do TSE, Alexandre de Moraes, que havia dado um prazo de 24 horas para que os advogados de Bolsonaro apresentassem provas das alegações, com informações sobre rádios, dias ou horários em que não teriam sido veiculadas as inserções.

Pelo Twitter, o ministro das Comunicações, Fabio Faria, disse que espera uma solução rápida para o caso. Para ele não se trata de qualquer questionamento acerca do sistema eleitoral ou sobre a atuação do TSE. O que aponta é uma supressão ou migração de comerciais que Bolsonaro teria direito em favor da campanha de Lula. O TSE ainda não se manifestou formalmente, mas demitiu o servidor. A exoneração do servidor do TSE Alexandre Gomes Machado, foi publicada ontem (26) no diário oficial da União. Machado atuava como assessor de gabinete da Secretaria Judiciária da Secretaria-Geral da Presidência do TSE, em setor responsável pela coordenação do pool de emissoras que transmitem a propaganda eleitoral em rádio e TV.

As pesquisas dessa vez, parecem mais cautelosas e praticamente todas são empate técnico entre os dois candidatos. Talvez essa seja a eleição mais disputada da história recente da democracia brasileira. Será com emoção até a última urna. Quem vencer precisa lembrar que representa toda a população e não apenas a metade que o eleger.