Inflação cai, mas consumidor não vê diferença

A inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), fechou abril com variação de 0,14%, resultado 0,11 ponto percentual inferior ao de março (0,25%). Com o resultado de abril, a inflação dos últimos 12 meses é de 4,08%, a menor taxa em 12 meses desde julho de 2007.

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse que a queda da inflação mostra que o ajuste fiscal está surtindo efeito. A desaceleração da inflação indica uma melhora da confiança dos agentes econômicos e, consequentemente, um ajuste da economia. Para o ministro, em uma situação de incerteza, os formadores de preço tendem a aumentar os preços, mesmo que a demanda esteja baixa, para poder se defender.

 

Apesar de ter caído, o consumidor pouco sentiu no bolso a diferença, já que os preços finais não mudaram em praticamente nada. Pode ser que um ou outro produto tenha sofrido queda, mas a maioria das pessoas não percebeu.

Um exemplo é a banana. Antes tida como um símbolo do preço baixo, com o famoso jargão a preço de banana, hoje em dia está a R$ 4, R$ 5 o quilo, dependendo do lugar onde vai comprar. Isso a Katurra, claro, a mais barata dentre as variações da fruta.

Os dados fracos do varejo, do setor de serviços e da indústria mostram que a recuperação da economia será a passos lentos. Com resultados mensais abaixo do esperado, somente o agronegócio mantém trajetória de crescimento, insuficiente para reanimar toda a economia. Inclusive na região, o setor é o destaque na geração de emprego neste ano.

Dessa forma, acelerar a flexibilização da política monetária poderia favorecer o processo de retomada da atividade econômica. Mas é preciso esperar para ver.

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