Passado e presente: decisão nas urnas

Em pouco mais de um ano, o Brasil iniciará um novo processo eleitoral. O presidente Jair Bolsonaro já cumpriu mas de metade de seu primeiro mandato. Durante este período, atravessou crises, com saídas de ministros, contestações contra a conduta dos filhos e o comportamento dele durante a pandemia. Entretanto, Bolsonaro segue com uma boa parcela de adeptos.

Na lista dos possíveis adversários para 2022, estão as figurinhas carimbadas Marina Silva e Ciro Gomes. Há Luciano Huck, que deve fazer uma pausa na carreira na TV para se dedicar à política. À frente do governo de São Paulo, João Dória é mais um cotado. Entretanto, os dois nomes que mais chama a atenção são os de Sérgio Moro e Luiz Inácio Lula da Silva.

O primeiro, juiz que conduziu os trabalhos da Operação Lava-Jato (com a prisão de Lula), chegou a ser um dos trunfos de Bolsonaro nas eleições de 2018 e até foi Ministro de Justiça do ex-PSL, mas rompeu com o mandatário.

Um 2º turno com Lula significa o enfrentamento entre dois extremos. Bolsonaro é a maior representação da direita no Brasil atualmente, enquanto o petista representa a esquerda. De um lado, Bolsonaro em defesa do conservadorismo, uma política econômica neoliberalista, que condena a conduta do Partido dos Trabalhos (PT) nos 14 anos (2003-2016) de governo. Do outro, Lula pretende retomar a política de combate à desigualdade social. Ao seu modo, ele conseguiu turbinar a economia brasileira durante os dois mandatos e teve índices altos de aprovação perante à população – 87% consideravam bom ou ótimo em 2010.

A disputa é aguardada para o ano que vem. De certa forma, é o passado e o presente pedindo passagem para o Brasil.

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