Você treinaria o mais provável invasor de sua casa, mostrando-lhe seus segredos, e ensinando-o como fazê-lo? Certamente que não, mas, é justamente isto que o ilegítimo Governo Temer irá fazer. Em novembro deste ano, o Brasil irá participar de uma operação militar conjunta com o Peru e a Colômbia na região de Tabatinga (Amazonas). Até aí nada de mais, pois são nossos vizinhos amazônicos latino-americanos. O nó da questão é que os Estados Unidos da América foram convidados para o exercício militar intitulado projeto de defesa conjunto por iniciativa do ilegítimo e altamente rejeitado Governo Temer. O estarrecedor é que o Brasil irá receber em seu território tropas de soldados do país que representa o maior risco à soberania brasileira sobre a Amazônia. Ao receber em solo pátrio, soldados de um exército acostumado a intervir nos mais remotos rincões do planeta para salvaguardar interesses estadunidenses e de suas gigantescas empresas transnacionais, o Governo Temer demonstra não ter bom senso, menos ainda patriotismo.
Sob o governo Temer, as negociações acerca da Base de Alcântara no Maranhão, localizada numa das melhores posições geográficas do planeta para o lançamento de foguetes transportadores de satélites, e que foram iniciadas no governo pouco patriótico e também vira-lata de Fernando Henrique Cardoso (PSDB) foram retomadas, após terem sido sustadas pelo governo Lula (2003-2010). Faz todo o sentido, a elite brasileira, da qual Michel Temer é representante, é notoriamente conhecida mundialmente por sua falta de patriotismo e por sua busca ávida de benefícios à custa do erário público sem importar-se com o sacrifício do futuro do país e de sua gente. Essa mesma elite é defensora intransigente da entrega das riquezas nacionais para a iniciativa privada nacional ou estrangeira em detrimento do país que fica mais pobre ao ver suas riquezas serem canalizadas para fora. Um grande exemplo é a ex-estatal Vale do Rio Doce, privatizada no governo FHC (1995-2002) por meio de um processo reconhecidamente fraudulento e a preços vis. Da mesma forma, devido ao gigantismo da Petrobras, sua direção na figura de Pedro Parente (indicado por Temer), vem conduzindo enormes esforços num claro processo de transferência de ativos (privatização silenciosa) da empresa para petroleiras estrangeiras. Petróleo cujos royalties da exploração pela estatal seriam direcionados para a Educação (75%) e para a Saúde (25%). Não serão mais.
É bom que se diga, que Temer não está sozinho na empreitada de desconstrução do projeto de desenvolvimento econômico e social soberano levado a cabo pelos governos progressistas de Lula e Dilma. Contribuem fortemente para esse processo de sabotagem contra o país, o Congresso Nacional que devido ao grande número de parlamentares fisiológicos e corruptos com problemas com a justiça, mais parece um covil de criminosos, cuja exceção é minoritária. Também contribui, para esse estado lamentável que o país se encontra, um Poder Judiciário que não está à altura das necessidades nacionais, e cujo fisiologismo também se faz presente. O judiciário brasileiro aplica o sistema dois pesos e duas medidas e isso é algo já verificado pela imprensa internacional. Há até quem afirme que a justiça brasileira é excessivamente rigorosa contra pobres, prostitutas, pretos e petistas, mas, excessivamente leniente contra os caciques políticos de partidos conservadores do país, quando, então abandona a Teoria do Domínio do Fato e, sem razão de ser extrapola os limites do garantismo absolvendo e protelando processos. A população, então, descrê do poder que seria em tese, sua última salvaguarda ante o quadro caótico em que o país se encontra.
É lamentável que diante de tantas pessoas capacitadas para exercer o importante cargo de Ministro das Relações Exteriores, a escolha tenha recaído sobre José Serra (PSDB), e, Aloysio Nunes (PSDB), duas figuras sinistras, ambas, exemplos contundentes da velha política e do vira-latismo nacional. Desde que Temer assumiu o poder, o Brasil voltou a agir como um figurante no teatro das nações, além de ser motivo de estarrecimento internacional, quando não de chacota. O gigantesco país demonstrou ao mundo ser um anão diplomático, pois, suas oligarquias quando destituídas de votos perdem o apreço à democracia e costumam flertar com golpes de Estado. A orientação do Itamaraty sob o governo golpista foi o de fazer o Brasil abandonar a brilhante estratégia política de integração e cooperação Sul-Sul, o protagonismo no G-20 e no BRICS. Temos tudo para sermos, uma potência, no entanto, o país não toma definitivamente seu assento entre as grandes nações do planeta. O que falta então? Fortes investimentos em Educação, Ciência, Tecnologia e Saúde! Mas, caro leitor, não se preocupe! O Governo Temer sabe disso, e já providenciou o cancelamento de importantes programas na área! No que depender dessa elite antipatriótica, continuaremos colônia, ad aeternum.