Um dia Jesus Cristo falou: Não julgueis e não sereis julgados; não condeneis e não sereis condenados; perdoai e sereis perdoados. Daí e vos será dado. Uma medida boa, socada, sacudida e transbordante será colocada na dobra da vossa veste, pois a medida que usardes para os outros, servirá também para vós. (Lc.6.37-38) Lendo este texto no primeiro momento a gente se alegra. Parece que é fácil conseguir de Deus uma medida boa a transbordante, que é a Vida Eterna nos Céus. Mas será que é verdade, que é fácil realizar estes ensinamentos de Jesus Cristo? É fácil não julgar e é fácil não condenar? É fácil perdoar e fazer doações? O problema é, que não é fácil. Mas não existe caminho para a Salvação sem boas obras. A Sagrada Escritura ensina: Meus irmãos, que adianta alguém dizer que tem fé, quando não tem as obras? A fé seria capaz de salvá-lo?… Assim como o corpo sem o espírito é morto, assim também a fé, sem as obras, é morta. (Tg.2.14;26) Para realizar as boas obras é necessário que nós treinemos nos para manter a disciplina do nosso comportamento. Pois temos que ter coragem e a força espiritual para nos dominar. O apóstolo são Tiago na sua carta elogia homem que domina a sua língua. O chama o homem perfeito. Todos nós tropeçamos em muitas coisas. Aquele que não peca no uso da língua é um homem perfeito, capaz de refrear também o corpo todo (Tg.3.2)
Sendo generoso perdoando as agressões contra a nossa pessoa e distribuindo esmolas, nós nos tornamos semelhantes a próprio Deus. Pois um dos maiores atributos de Deus é a sua infinita misericórdia. Deus facilmente se compadece dos arrependidos. Ele em sua misericórdia não se deixa ultrapassar em generosidade e assim derramará em nossos corações arrependidos as abundantes graças do perdão. Jesus Cristo explicou a sua grande generosidade numa parábola incentivando nós a ser generosos também.
O Reino dos Céus é, portanto, como um rei que resolveu ajustar contas com seus servos. Quando começou o ajuste, trouxeram-lhe um que lhe devia uma fortuna inimaginável. Como o servo não tivesse com que pagar, o senhor mandou que fosse vendido como escravo, junto com a mulher, os filhos e tudo o que possuía, para pagar a dívida. O servo, porém, prostrou-se diante dele pedindo: ‘Tem paciência comigo, e eu te pagarei tudo’. Diante disso, o senhor teve compaixão, soltou o servo e perdoou-lhe a dívida. Ao sair dali, aquele servo encontrou um dos seus companheiros que lhe devia uma quantia irrisória. Ele o agarrou e começou a sufocá-lo, dizendo: ‘Paga o que me deves’. O companheiro, caindo aos pés dele, suplicava: ‘Tem paciência comigo, e eu te pagarei’. Mas o servo não quis saber. Saiu e mandou jogá-lo na prisão, até que pagasse o que estava devendo. Quando viram o que havia acontecido, os outros servos ficaram muito sentidos, procuraram o senhor e lhe contaram tudo. Então o senhor mandou chamar aquele servo e lhe disse: ‘Servo malvado, eu te perdoei toda a tua dívida, porque me suplicaste. Não devias tu também ter compaixão do teu companheiro, como eu tive compaixão de ti? O senhor se irritou e mandou entregar aquele servo aos carrascos, até que pagasse toda a sua dívida. É assim que o meu Pai que está nos céus fará convosco, se cada um não perdoar de coração ao seu irmão. (Mt.18.23-35)
Nós obtemos grande lucro espiritual sendo generosos no perdão.
Oh! Meu Bom Jesus! Ajude que eu tenha um coração amolecido diante das pessoas que não gostam de mim e que eu seja bom com elas imitando a tua generosidade. Amém.