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São poucos homens que não sentem medo de um grande conflito nuclear.
Em pleno século 21, a Rússia ameaça a Ucrânia e o mundo ocidental, com seu arsenal nuclear. É tese generalizada de que um conflito em grandes proporções poderia simplesmente varrer a vida do planeta Terra. E o homem, frágil como é, sente medo. Nada mais natural.
As negociações entre as superpotências, para um comum desarmamento, nunca chegam a um bom termo. Fracassam sempre.
É de consenso que esta seria a solução mais racional.
Mas enquanto o acordo não acontece, cada um vai se virando como pode.
Quase todos os países do mundo possuem abrigos antinucleares que, no caso de uma guerra atômica, oferecem alguma possibilidade de sobreviver. Os países mais ricos possuem mais refúgios, e também os mais sofisticados.
Numa lista telefônica da Noruega pode-se encontrar o número de abrigos antinucleares. A França possui grande número deles. Segundo informações de autoridades russas, naquele país apenas 20% da população não teria abrigo em caso de um confronto nuclear. A população dos Estados Unidos possui mais de 300 milhões de habitantes. Hoje, apenas pouco mais da metade estaria em condições de se refugiar. A Suíça é o país que melhor está preparado para enfrentar uma situação de guerra.
Os suíços não só enterraram filmes com as principais informações de como é administrado o país, e fotografias dos principais monumentos históricos, como também construíram cerca de quatro mil abrigos antinucleares.
E o Brasil? Quase nenhuma informação sobre o assunto.
Enquanto bilhões de dólares são gastos na fabricação de armas, outros bilhões são gastos na construção de abrigos.
E, ao mesmo tempo temos milhões de pessoas morrendo, pela falta de alimentos.