Ucrânia, Terra de sangue (Parte 3)

A Ucrânia voltaria à esfera da Rússia do ditador Stalin, depois da vitória aliada na II Guerra Mundial, como no cumprimento de uma maldição. Maldição que antecede o comunismo, visto que Kiev é considerada o solo sagrado do eslavismo desde o século IX.

Os czares e os seus sucessores sempre enxergaram na Ucrânia parte da Pátria-Mãe, mesmo quando ela esteve sob outros domínios – o polonês, o austríaco. Com o fim da União Soviética, a Ucrânia pareceu ter alcançado a independência. Mas não foi bem assim como provam os acontecimentos de hoje em dia. Os russos almejam anexar a Ucrânia como fizeram com a Criméia.

Os ucranianos almejam aderir a União Europeia não tanto por razões econômicas, e sim para escapar ao destino que os russos lhes impuseram. Concessões aos militantes que estão nas ruas foram obtidos, para dar um fim aos enfrentamentos e, no entanto, a verdade incancelável é que Moscou jamais deixará de enxergar no país um apêndice da Rússia.

O que não significa que a Ucrânia não deva continuar dando seu sangue, prova disso é que a Ucrânia deseja fazer parte da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN). Com isso, os russos se sentem ameaçados concentrando armas e tropas na divisa com a Ucrânia.

O mesmo fizera os Estados Unidos e a União Europeia. Está ai, em pleno século XXI, um barril de pólvora prestes a explodir, prorrogando o eterno sofrimento dos ucranianos.