Prótese Protocolo – o que é e quando é indicada?

Por Letícia Ruths Almeida 

O aumento da expectativa de vida, o acesso facilitado à informação e os cuidados preventivos com a saúde são responsáveis por um número cada vez maior de pessoas preocupadas em envelhecer de forma saudável, ativas, com independência, autoestima e muita segurança.

As tradicionais dentaduras (próteses totais) ou próteses parciais removíveis (pontes) e suas limitações já não atendem com qualidade a expectativa da nova geração de pessoas em processo de envelhecimento ou de pessoas que por outros motivos perderam seus dentes naturais, por não permitirem segurança e estética adequada, na maioria dos casos.

A odontologia evoluiu e a implantodontia teve um salto tecnológico imenso nas últimas décadas. Para resolver o problema de próteses que não eram fixas, surgiu o conceito de prótese protocolo, que nada mais é do que uma prótese total fixada em ou mais implantes.

 

Utilizadas nos casos em que o paciente já não tem dentes naturais, ela pode ser projetada tanto para a arcada superior quanto inferior com uma estrutura interna de titânio ou zircônia coberta com dentes de acrílico ou cerâmica. Além disso, a gengiva em torno dos dentes é simulada por uma cerâmica rosa claro ou rosa escuro, garantindo estética de alto nível e aparência muito similar aos dentes naturais.

A estética, porém, não é o único benefício desse tratamento. A capacidade mastigatória, que na prótese total é de 20% em média, nesse modelo fixo com implantes chega a 85%. Além disso, a segurança social e a liberdade para comer, falar, assoprar, sorrir, gargalhar… como se estivesse com os dentes naturais são aspectos que fazem deste o tratamento o mais próximo do ideal.

Fixada sobre implantes dentários previamente instalados, possui um pré-requisito: o osso precisa apresentar altura e espessura adequadas. Pacientes que usam prótese móvel há muitos anos podem apresentar reabsorção óssea e nestes casos talvez seja necessário fazer o enxerto ósseo antes da instalação dos parafusos de implante.

 

As fases do tratamento para a confecção dessas próteses são: o planejamento, a cirurgia e a confecção da prótese.

O planejamento conta com exames de imagem e avaliação da condição atual do paciente. Após definição de quantos implantes e qual posicionamento destes, a fase cirúrgica se efetiva. São necessários 4 meses pós-cirúrgicos em implantes na maxila e 6 meses na mandíbula, devido ao metabolismo ósseo.

Após esse período, os implantes são acessados novamente e iniciam-se processos de moldagem para a confecção da prótese definitiva.

 

É importante reforçar que após a instalação da prótese o paciente passa por um período de adaptação e pode enfrentar dificuldades na mastigação, higiene bucal, fala e também o cuidado extra para evitar infecções. Mas, esta fase é temporária e muito mais simples do que a necessária quando se trata de uma prótese móvel. Porém, vale lembrar que os cuidados são contínuos e fundamentais para a manutenção da prótese.

A reabilitação oral realizada com a prótese protocolo é muito segura, duradoura, eficiente e acima de tudo, garante a segurança, a autoconfiança e a autoestima para um sorriso autêntico em qualquer idade.

Deixe um comentário