Pátria? De Quem?

Hoje gostaria de pedir licença a todos os leitores e trazer um poema:

Oh, Pátria amada,

 cantada em versos e louvada em prosa

Que acolheu o europeu invasor, ou imigrante,

O negro escravo, ou refugiado,

Viu o sangue dos nativos regar esse chão

 De todos tornou-se a mãe gentil!

Eis, a Pátria amada,

De um povo que ainda busca a liberdade

Lançando um olhar de esperança

Na mulher forte que cedo acorda e busca o pão

No homem triste que oferece doce no sinal

No jovem desempregado que distribui currículos

Na criança explorada que vende água na praia.

Essa Pátria amada,

 verde, amarela, azul, vermelha, multicor

 Do pôr-do-sol que enfeita o céu de norte a sul

De natureza resistente e exuberante 

De brava e singular gente oriunda da miscigenação.

Nossa Pátria amada,

De um povo de feridas abertas

Pelas mãos mais poderosa nas favelas, nas aldeias, nos canaviais, no sertão

Que feriram os peitos e os braços,

construindo muralhas de  segregação.

Minha Pátria amada,

Quero “cantá-la em meus versos”

No ritmo do funk e do sertanejo

Quero ver tua bandeira triunfar

Nos pódios do skate e do futebol

Quero ver entre as nações

Sua estrela resplandecer!