Aluguel irá subir e deve apertar o orçamento dos inquilinos
Reajustes acumulam alta superior a 8% nos últimos 12 meses
O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), tradicionalmente utilizado como referência para reajustar contratos de locação, surpreendeu inquilinos e proprietários ao acumular alta superior a 8% nos últimos 12 meses. A combinação de inflação persistente, aumento de custos e variações cambiais contribuiu para a aceleração do índice, trazendo impacto direto no mercado de aluguéis residenciais e comerciais.
“O IGP-M reflete componentes que vão além do consumo das famílias, como preços de matérias-primas e dólar, por isso ele nem sempre acompanha o comportamento da inflação oficial”, explica o economista Gustavo Andrade. O resultado é um repasse que pressiona o orçamento de quem vive de aluguel e acende o alerta para negociações mais equilibradas.
Alternativas para driblar os reajustes
Com a disparada do índice, cresce o movimento de inquilinos que buscam renegociar contratos ou migrar para outras bases de reajuste, como o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que tende a refletir melhor o custo de vida real.Proprietários também precisam cautela
Se por um lado o aumento favorece a rentabilidade de quem investe em imóveis, por outro ele pode gerar inadimplência ou rescisões, caso o aluguel ultrapasse a capacidade de pagamento do locatário. “Manter o imóvel ocupado com um contrato justo é mais vantajoso do que enfrentar os custos de uma nova locação”, pondera o consultor imobiliário, Marco Aurélio Prado.