Os 20 treinadores mais longevos do futsal do PR

Levantamento do Correio do Povo do Paraná aponta os técnicos que estão há mais tempo dirigindo o mesmo clube

O Brasil é reconhecidamente um país impaciente quando o assunto são os treinadores de futebol. A Série A do Campeonato Brasileiro iniciou em agosto e da lá para cá já foram contabilizadas 19 demissões. Nem o “gringo” Domennéc Torrent resistiu à instabilidade e acabou dispensado do Flamengo. No futsal, modalidade “parente” da dos gramados, a situação é relativa. 
O Paraná é uma das principais praças do desporto no país. Por aqui, um certo Nei Victor atravessou 22 temporadas à frente do Cascavel – feito que lembra os 27 anos de Alex Ferguson no Manchester United/ING. Nei deixou a Serpente no fim de 2018, após torná-la a maior campeã estadual
O Correio do Povo do Paraná apurou, entre as três divisões do Campeonato Paranaense de Futsal Masculino, os 20 técnicos que dirigem uma equipe há mais tempo

O recordista é André Carrinho. Ele dirige o Palmas desde fevereiro de 2014 – quando o clube foi fundado. São 6 anos e 9 meses. No caminho, escalou da Série Bronze à Ouro. 
Ele revela ter recebido propostas de outros times durante a trajetória, mas que sempre reluta e permanece no Sudoeste. “Aqui, acumulo funções. Não sou apenas treinador: sou vice-presidente, por vezes supervisiono as atividades, faço projeto e capto recursos”, explica.
Em 2º na lista, aparece Carlos Giuliano, do São Lucas, num caso à parte. Ele treina o time de Paranavaí desde julho de 2016. Em vez de louros, o período significa o mais crítico da história da equipe, que está se reestruturando. Em 2019, foi rebaixado pela primeira vez na Série Ouro. Nesta temporada, optou por disputar a Série Bronze, onde, apostando na base, já garantiu o acesso à Prata e está a um empate da final. 


“Estrangeiros”

Galo do paulista Fabinho Gomes encaminha consolidação no cenário estadual
Foto: Jornal de Beltrão 

E se no futebol os clubes brasileiros ainda estão iniciando a cultura de apostar em técnicos estrangeiros, são raros os casos dos times das quadras paranaenses a importarem comandantes de outros estados. 
Bicampeão da Liga Nacional pelo Pato, Sérgio Lacerda é catarinense. Ele está desde outubro de 2017 no Sudoeste e durante o período venceu também a a Série Ouro de 2017, além da Liga Sul e da Taça Brasil, ambas em 2018. 2020 já se encerrou para o Pato – sem conquistas. 


O paulista Fabinho Gomes está no Dois Vizinhos desde dezembro de 2017. Ele é o 4º no ranking. De lá para cá, conquistou dois vices: um da Série Prata e outro da Série Ouro. Gomes é peça-chave no processo que vem consolidando o Galo como um clube emergente no cenário estadual. O último feito foi a classificação para a decisão da Copa do Brasil. Em plena primeira competição nacional de sua história, o time deixou Assoeva/RS, Pato e Balsas/MA para trás e fará a final contra o Ceará – aquele mesmo que está na Série A do Brasileirão de futebol. 


Na sequência

Marlos Heinrich: há mais tempo em um time da Série Bronze
Foto: Juliam Nazaré

Alemão, é o 5º a dirigir um time por maior tempo no Paraná. Ele está no Campo Mourão desde janeiro de 2018. Em 6º, aparece Tonhão. Há dois anos e nove meses no Chopinzinho, ele tirou o clube da Série Bronze e o colocou na elite. No caminho, conquistou a Série Prata. Dalton Bacana, desde fevereiro de 2018 no Ampére, aparece na sequência. 
O primeiro treinador da Bronze a figurar na lista é Marlos Heinrich, que está na terceira temporada seguida no Medianeira. Ele já garantiu o clube na Prata de 2021. 
Os 9º, 10º e 11º colocados são Enedir Júnior (Siqueira Campos), Marcelo Moresco (Toledo) e Cassiano Klein (Cascavel), respectivamente. 


Longevidade é rara

Após 22 anos de Cascavel, Nei Victor já cria raízes em Umuarama
Foto: Diego Ianesko

Depois do fim do ciclo no Cascavel, Nei Victor ficou menos de dois meses desempregado. Em janeiro de 2019, foi anunciado no Umuarama. Desde então, se passaram 1 ano e 11 meses no cargo, com um título da Taça FPFS e a volta do time à Liga Nacional. Ele é o 12º treinador mais longevo do estado na atualidade. 
Nei acredita que a instabilidade do cargo nos gramados já se reflete nas quadras. “O futsal está caminhando para a mesma situação. Tirando eu, foram poucos os que passaram mais de cinco anos num mesmo clube. A maioria dos técnicos não possuem contrato formalizado. Eu tenho um contrato verbal com o Umuarama. Para mudar esse quadro, criamos, junto do Marquinhos Xavier, a Associação Brasileira de Treinadores de Futsal”, revela. 


No Operário Laranjeiras desde julho de 2019, Luciano Bonfim é o 15º mais longevo do estado
Foto: Juliam Nazaré

Na sequência do ranking, estão Adail Júnior (Itaipulândia), Gaúcho (Araucária) e Luciano Bonfim (Operário Laranjeiras). Este, chegou ao Rubrão em julho de 2019 e faturou a Série Bronze com 87% de aproveitamento e agora tenta o acesso à Série Ouro. Depois dele, aparece Jeovane Caldas, o ‘Baiano’, do Pinhão. Depois, o ex-jogador da Seleção Brasileira Manta Júnior, que treina o São Miguel há 1 ano e três meses. 
Serginho Schiochet, desde novembro de 2019 no Marreco, e Renato Mocelin, há 1 ano no Coronel, fecham o ranking. 

Confira o ranking completo a seguir:

 

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