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Apesar de alta em casos e mortes, Funerárias de Laranjeiras não tiveram aumento de fluxo

Processo de preparação para o recebimento dos corpos é estável e gerentes torcem para que medidas drásticas não sejam necessárias

Um dos grupos de profissionais mais atingidos diretamente pela disseminação da Covid-19 é o setor funerário. Isto porque os trabalhadores desta área são os responsáveis pela remoção, preparação, apresentação dos corpos às famílias e pelos sepultamentos. Eles fazem parte do último grupo de pessoas que se expõe ao um enfrentamento direto com o vírus, e, agora, com o avanço drástico da pandemia e o número alarmante de óbitos, muitas funerárias seguem os métodos que foram elaborados na segunda-feira (22) pela Associação Brasileira de Empresas e Diretores do Setor Funerário (Abredif).

Os procedimentos visam detalhar as atividades funerárias em seis fases principais: remoção dos falecidos, contratação do serviço funerário, preparação dos corpos, homenagens póstumas, sepultamento e cremação. Eles são necessários tanto por garantir segurança aos profissionais do seguimento, quanto de toda sociedade que estará em contato com eles e com os corpos das vítimas.

As funerárias de Laranjeiras

Dada a extrema urgência da questão a nível nacional e o aumento de óbitos em Laranjeiras do Sul, que atingiu, na segunda,  o 20º falecimento e 1.731 casos confirmados, o Correio do Povo buscou entender os planos e ações das funerárias da cidade, que são três: Bom Jesus, Iguaçu e Santana.

Segundo os gestores, a nível municipal não houve mudanças significativas em relação às equipes de trabalho por conta do baixo índice de mortes por Covid-19 na região.  De acordo com as empresas, é desnecessário aumentar o tempo de serviço de funcionários ou postergar férias, como vem ocorrendo em grandes centros urbanos. “Como não teve aumento disparado de casos, nada muito específico foi alterado em relação ao quadro de funcionários”, afirmou Alecxandro Moretti, gerente da Funerária Iguaçu.

Mesmo assim, todas elas já aderiram preparações simples para lidar com a pandemia desde o ano passado, como comentou Edemar dos Santos, gestor da Funerária Santana. “Aumentamos os gastos com materiais de estoque, como álcool em gel , roupas específicas – luvas e macacões, bolsas de remoção, máscaras -, etc”.

Ainda que os casos estejam relativamente controlados, Thiago Bartora, proprietário da Funerária Bom Jesus, afirma perceber um aumento da demanda e desabafa. “Plano para uma situação como esta não queríamos ter, mas devido às circunstâncias, temos que pensar em um meio de fuga que seja o menos doloroso possível para atender melhor as famílias. Principalmente porque em mortes por Covid-19 não se pode preparar e nem velar os corpos, é da UTI para o cemitério”, lamenta.  

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