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Amor pela corrida de rolimã ultrapassa duas gerações da família Brecailo

O gosto pelo esporte passado de Gilberto para Felipe garantiu prêmios estaduais e nacionais ao piloto. “Desde os sete anos me apaixonei vendo meu pai. Da coca-cola no primeiro pódio até os troféus, ele está comigo”, celebra o filho

A região se destaca no cenário das corridas de rolimã, mantendo viva uma tradição iniciada, em Laranjeiras do Sul, por Vilmar Kovalski (in memorian). A paixão pelo esporte é transmitida de geração em geração, e a Associação Esportiva de Rolimã (AER) é o epicentro dessa cultura, reunindo famílias e competidores que buscam manter a chama acesa.
A história começa nos anos 60, quando Antonio Eroni Camargo, atual presidente da AER, deu seus primeiros passos nas corridas de rolimã. Em 2001, uniu forças com Kovalski na organização das etapas das corridas, mantendo viva a tradição.
Com o passar dos anos, várias cidades da região criaram gosto pelo esporte e decidiram competir também. É daí que surgem duas gerações de corredores de Rio Bonito do Iguaçu: Gilberto e Felipe Brecailo, pai e filho que compartilham a mesma paixão pelo rolimã.

Início
A trajetória de Felipe no esporte começou aos sete anos de idade, com influência de seu pai, que fabricava carros da modalidade e também corria. Promovido por Kovalski, uma corrida em Rio Bonito chamou a atenção dele e de seus amigos. “Na época, tinha dez anos. Pedi a meu pai que me ajudasse a construir um carrinho e lembro que ele fez um com tábuas, dois eixos, quatro rolamentos e freio. Testei e no dia seguinte participei da corrida”, relembra.
Para começar com o pé direito, Felipe subiu ao pódio. “Conquistei o segundo lugar e uma Coca-Cola. Esse momento nunca saiu da minha memória”, brinca.

Títulos
Ao longo dos anos, o piloto aprimorou suas habilidades e carrinho, participando ativamente das etapas do Campeonato Paranaense de Rolimã. Sua persistência e dedicação resultaram em conquistas notáveis, incluindo títulos de campeão paranaense e brasileiro nas categorias Grid e simples. “Na categoria Grid, fui campeão paranaense em 2022 e 2023, além de conquistar o título de campeão brasileiro em 2023. Essa categoria é conhecida por ser a mais acirrada no Brasil, atraindo pilotos de diversos estados, como São Paulo, Minas Gerais, Espírito São Paulo, entre outros”, Felipe destaca.
Já na categoria Simples, o piloto conquistou o título de campeão em 2022 e foi vice-campeão em 2023. “Estou comprometido em continuar aprimorando minhas habilidades e desempenho para enfrentar os desafios desta emocionante temporada. Estamos com um projeto para esta temporada, que promete ser muito boa”, comenta.
Além de competir individualmente, Felipe também tem uma equipe na AER, chamada ‘Os Piá do Rolimã’. “Grandes amigos estão comigo sempre”, celebra.

De geração em geração
A emoção das corridas não se limita ao asfalto. O piloto destaca a importância do apoio da família e amigos, cuja presença nas corridas é uma fonte constante de alegria e motivação. Segundo ele, a sensação de ver seus entes queridos torcendo é tão emocionante quanto a adrenalina da largada. “Por conta de uma cirurgia cardíaca, meu pai não corre mais, mas acompanha todas as corridas. Aprendi a amar o esporte e é por ele que compito. Ele é meu exemplo e tudo que conquistei é pelo incentivo diário”, celebra.
Por fim, Felipe destaca a prática como uma maneira de criar memórias duradouras. “Nos fins de semana, pegue seu carrinho, escolha uma ladeira e vá com sua família ou amigos. Será uma experiência incrível, repleta de memórias que jamais serão esquecidas”, finaliza.