Colégio Floriano Peixoto realiza Feira de Chás Medicinais
Iniciativa integrou saberes tradicionais e indígenas à ciência, destacando os efeitos químicos das plantas
O Colégio Estadual Floriano Peixoto, de Laranjeiras do Sul, realizou a ‘Feira de Chás Medicinais’, dentro da disciplina de Química I, com o objetivo de aproximar os alunos dos saberes populares e indígenas, conectando-os ao conhecimento científico. A iniciativa, que aconteceu na última quarta-feira (24), fez parte do plano de ações da Equipe Multidisciplinar da escola.
Ciência e cultura lado a lado
Durante a feira, os estudantes do 3º ano apresentaram maquetes das estruturas químicas de diferentes plantas, relacionando-as às funções químicas estudadas em sala de aula. Além de explicar os benefícios e malefícios dos chás, também ofereceram degustação ao público.
Segundo a professora de Química, Viviane Semim, a atividade foi importante para mostrar como os saberes populares dialogam com a ciência. “Os alunos aprenderam que aquilo que era sabedoria popular hoje tem base científica. Funções químicas e cadeias carbônicas explicam os benefícios e até as contraindicações de cada chá.”
Resgate histórico e valorização cultural
A professora Viviane destacou que o projeto também atende às diretrizes da Lei, 10.639/03 e da 11.645/08, que incluem nos currículos escolares conteúdos da cultura afro-brasileira e indígena. “Os chás fazem parte da tradição indígena, quilombola e africana. Ao trazer isso para a disciplina de Química, valorizamos a história desses povos e mostramos aos alunos a importância do respeito às diferentes culturas.”
Voz dos estudantes
Os alunos ressaltaram a relevância da experiência para o aprendizado e para a vida prática.
Para Ana Júlia Cottet, o estudo vai além da teoria. “Mostramos que até um chá simples, como o de hortelã, tem contraindicações. É importante conhecer antes de consumir”.Já Laís Vieira destacou a relação com a saúde. “Aprendemos que alguns chás ajudam na melhora de doenças comuns, mas também podem ser prejudiciais em certas situações, como no caso de gestantes”.
O estudante Eduardo Nunes completou. “Ampliamos nosso conhecimento sobre como diferentes culturas usavam os chás no tratamento de doenças”.
Para Amanda Czeckoski, a experiência foi prática e enriquecedora. “Nesse projeto aprendemos sobre os benefícios dos chás para a saúde, como eles podem ser utilizados, e ainda experimentamos diferentes tipos”.
Erick da Silva Segunda reforçou o lado científico da atividade. “Foi um dia importante para mostrar as formas moleculares, as cadeias carbônicas e também os benefícios e malefícios de cada chá”.
Já Estefany da Silva Segunda destacou a importância da conscientização. “Muitas pessoas tomam chá sem saber se ele realmente faz bem. Alguns, como para quem tem pressão baixa, podem ser prejudiciais. Aprendemos também sobre as cadeias moleculares e entendemos melhor como funcionam”.
Educação ambiental em prática
O trabalho também reforçou o vínculo entre ciência e meio ambiente. Para a professora Viviane, a ação reforça a importância da educação ambiental. “Os alunos percebem que muitos medicamentos vêm de folhas, flores ou raízes. É um resgate dos saberes de avós e bisavós, agora comprovados pela ciência.”