Família laranjeirense mudou-se para Curitiba para fazer o tratamento do filho e tem de enfrentar uma dura rotina
O menino laranjeirense Pedro Emanuel de Oliveira Demenech, de seis anos, foi diagnosticado com Sarcoma de Ewing em 2020. Seus pais Scheidy Daiane de Oliveira e Cledison Fernando Demech, fizeram uma rifa para arrecadar fundos para as despesas do dia a dia. Até então o pai trabalhava, mas como o estado do menino piorou, ele precisou largar o emprego e ajudar a esposa. Isso aconteceu porque o Pedro teve algumas fraturas nos ossos em diversos lugares do corpo e não conseguia ficar em pé ou sentado. Sozinha, Scheidy não conseguiria cuidar do filho, erguer no colo, levar ao banheiro e tudo mais. A rotina era dura, duas ou três viagens por semana. A família obrigou-se então a se mudar para Curitiba, devido ao tratamento do filho. Como o custo de vida na cidade é alto, a rifa serviu também para cobrir as despesas do cotidiano.
Início
Os primeiros sintomas do Pedro começaram em novembro de 2020. Ele sentiu dores na coxa esquerda que foram relacionadas a uma câimbra. O menino foi levado a um médico de Laranjeiras, que lhe deu alta e medicamentos, afirmando que logo passariam as dores. Mas não passaram, elas aumentaram, prejudicando o caminhar do menino, que não conseguia pôr o pesinho no chão. Levado a outro médico, ele foi internado, passou por exames até surgir a suspeita de um tumor ósseo ou uma infecção muito grave no osso.
Os exames de sangue descartaram a infecção. Depois disso, Pedro teve que esperar atendimento em outro hospital, pois a cidade não possuía as condições necessárias para tratar casos assim. Do dia dos exames para o seguinte, ele foi aceito pelo hospital Erastinho.
Quimioterapia
A primeira seção de quimioterapia durou dois dias. A família conseguiu voltar para Laranjeiras. As quimios aconteceriam de 15 em 15 dias, com dois dias de internação por sessão. Depois de 14 dias da primeira quimio, começou a queda do cabelo do Pedro.
Scheidy conta que seu filho passou pela situação como se não fosse nada, em meio a toda a tristeza dos pais, que se acumulava desde o diagnóstico da doença.
Como a terapia é muito agressiva, na segunda sessão, eles não puderam mais voltar para casa. O desespero surgiu com essa nova adversidade por não ter onde ficar. Eles foram encaminhados para uma casa de apoio. Mas o menino não conseguia ficar à vontade, sentia cheiro forte de comida e vomitava. Além de tudo isso, a pandemia era outro dos temores dos pais.
Uma amiga de Scheidy cedeu a sua casa para acolher a família. Assim que a imunidade do menino aumentou, eles voltaram para casa e arrumaram a mudança para se mudar para Curitiba. Cledison conseguiu um emprego e um apartamento de aluguel.
Pedro passou por novos exames que indicaram que o tumor havia regredido, mas que seria necessário a amputação de uma das pernas. Scheidy não sabia como explicar isso ao filho, mas para sua própria surpresa ela conseguiu, e contou que seria necessário para a cura do menino, e ele aceitou e entendeu. A mãe chorava muito, mesmo com o filho dizendo que não o fizesse.
Novas dores na outra perna, exigiram outros exames que mostraram que o tumor tinha avançado para o joelho direito e para o ombro esquerdo. Mais tarde para a cabeça e a mandíbula e outras regiões do corpo, provocando novas lesões que ocorrem por si próprias.
Atualmente o pequeno Pedro se encontra em estado paliativo. Ele necessita estar sempre deitado, tem muitas dores e passa pelos riscos de novas fraturas.
Desde 2020 a rotina permanece a mesma, com muitas dificuldades, porque são muitos exames e o apartamento onde moram fica longe do hospital.
O tratamento de Pedro é todo pelo SUS, desde exames, tratamento e quimioterapia.
Para quem quiser ajudar a família, basta mandar um PIX pelo número (42) 99982 4926.