Projeto ‘Nariz que Faz Rir’ une teatro e trabalho voluntário em oficina

Idealizado por Geovana Bortoluzzi, que desde 2018 atua como palhaça em hospitais, a iniciativa é vinculada à Lei Paulo Gustavo. As aulas iniciam no dia 20 e ainda há vagas com inscrições gratuitas

No próximo dia 20 de fevereiro, Laranjeiras do Sul receberá o projeto ‘Nariz que Faz Rir’, uma iniciativa vinculada à Lei Paulo Gustavo que visa levar alegria e entretenimento aos pacientes de hospitais da cidade. O projeto é idealizado por Geovana Bortoluzzi, de 27 anos, com uma trajetória marcada pelo amor à arte e ao trabalho humanitário.

Geovana, que atua como cabeleireira, maquiadora e auxiliar de fotografia, encontrou no teatro uma paixão que a impulsionou a buscar capacitação através de cursos e oficinas. Sua jornada teatral teve início em Laranjeiras do Sul, na Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), e se expandiu por Cascavel e o festival de teatro da UTFPR. Foi em meio a essas experiências que Geovana descobriu seu fascínio pelo palhaço, um interesse que se tornou central em sua vida artística. “Ensinar sobre o que amo é a realização de algo que planejei muito”, diz ela

Uma trajetória de dedicação

Desde a infância, Geovana conta que manifestava um forte interesse pela arte, expressando-se através da dança e da pintura. Porém, foi somente em 2016 que teve a oportunidade de ingressar no teatro, onde descobriu sua afinidade com a comédia. Dois anos mais tarde, em 2018, durante uma oficina ministrada pelos membros da companhia Risologistas em Cascavel. “Me encantei pela arte do palhaço e mudei completamente a perspectiva artística”, disse.
Junto de seu envolvimento com o teatro, Geovana também se dedicou ao trabalho humanitário. Em 2018, junto de outros membros do grupo, iniciamos visitas aos hospitais de Laranjeiras com o projeto ‘Bagaços’. Foi necessário adaptar nossa abordagem devido à diversidade de casos nos hospitais municipais, que iam desde pacientes recém-operados até aqueles com problemas respiratórios graves, ou ainda os que se preparavam para cirurgias. Diferentemente de alguns grupos de palhaços humanitários que se concentram apenas em hospitais oncológicos, nós nos adaptamos a diferentes situações e pacientes”, detalha.

Conforme ela, durante as visitas é necessário manter a calma, evitar barulho e ser cauteloso com as palavras e ações. “Acredito que o palhaço tem o poder de transformar o ambiente e quebrar a monotonia, seja dos pacientes, acompanhantes ou enfermeiros. O olhar do palhaço é dedicado a todos que cruzam o seu caminho”, afirma, Geovana.

Arte, ensino e solidariedade

A artista relembra que em 2019, começou a compartilhar a paixão pelo teatro com alunos em oficinas voluntárias, chegando a levá-los ao ambiente hospitalar. “Foi a partir desse momento que passei a me dedicar mais ao ensino, percebendo o impacto positivo que a arte pode ter na vida das pessoas, especialmente em momentos difíceis como os vivenciados em hospitais”, diz ela.

“Com o objetivo de compartilhar meus conhecimentos e ampliar o impacto positivo da arte, surgiu o projeto ‘Nariz que Faz Rir’. A iniciativa busca ensinar a outras pessoas a arte do palhaço humanitário, proporcionando momentos de alegria e descontração aos pacientes hospitalizados”, afirma.

As aulas do projeto serão realizadas à noite, visando permitir a participação de pessoas que trabalham durante o horário comercial. Com duração prevista até junho, o projeto também incluirá visitas aos hospitais, onde os alunos terão a oportunidade de colocar em prática o que aprenderam em sala de aula.

Para se inscrever no projeto, basta enviar uma mensagem pelo WhatsApp para o número (42) 98419-4873. As aulas acontecerão no Colégio Estadual Gildo Aluísio Schuck e são destinadas a pessoas a partir de 14 anos de idade, e Geovana planeja, aos poucos, levar uma dupla de alunos para as visitas hospitalares, respeitando as restrições de espaço e cuidados médicos.

“O projeto ‘Nariz que Faz Rir’ promete não apenas ensinar a arte do palhaço, mas também espalhar sorrisos e esperança nos corações daqueles que mais precisam, demonstrando o poder transformador da arte e da solidariedade”, finaliza a idealizadora.