Sucesso de público, Encanto destaca a magia do balé em Laranjeiras do Sul

“Apresentamos algo que sensibiliza quem está assistindo. Passar uma mensagem, para mim, é fundamental”, declara a bailarina Ana Laura Motta. Confira as fotos

O espetáculo Encanto, do Ballerina Studio de Dança, marcou a noite do último sábado (26), em Laranjeiras do Sul.

O público lotou o Cine Teatro Iguassu para acompanhar a trajetória de Mirabel e da família Madrigal, história que mostra que o verdadeiro valor da vida são as pessoas.

Além da trama, os dançarinos destacaram o verdadeiro encanto do espetáculo. Com um bonito e colorido cenário de fundo e banhados por uma profusão de cores, apresentaram coreografias diversas enquanto a trilha sonora ajudava a compor a história.

Presente

Para a professora de dança, Clarice Echer Garçoa, Encanto é motivo de gratidão. “Este espetáculo foi o nosso próprio presente de 40 anos”, conta ela, em referência ao aniversário do studio, comemorado em julho deste ano.

Segundo Clarice, um evento precisa de um longo e complexo processo de execução. Além da grade curricular das aulas, as coreografias precisavam ser ensaiadas, etapa iniciada em agosto.
“Além disso, havia o tema, trilha sonora, figurinos, som, iluminação, decoração e tantos outros detalhes que precisam ser meticulosamente pensados para o melhor resultado possível”, explica Clarice.

Ela enaltece os professores que se dedicaram com amor por alunos e familiares, e destaca sua gratidão a Deus. “Ele sempre foi o nosso maior Diretor. O resultado, a nossa querida plateia viu acontecer”.
Clarice não deixa de citar a peça fundamental do evento. “Nossos alunos, desde o baby class até as turmas maiores foram fantásticos”, ressalta.

 

Trajetória de bailarinas

Com o espetáculo Encanto, as gêmeas Ana Laura e Júlia Maria Motta, de 17 anos, se despediram dos palcos, pelo menos por enquanto.

As duas estão terminando o terceiro ano do ensino médio e ano que vem farão faculdade fora de Laranjeiras.

“Fazemos balé há 14 anos”, relata Ana Laura. “A princípio este foi o nosso último espetáculo com o Ballerina. Estamos tristes que tenha acabado, mas felizes porque deu tudo certo. Ensaiamos muito para que ficasse lindo do jeito que ficou”, enfatiza.

Para ela, qualquer um consegue se identificar com, pelo menos, um personagem de Encanto. “Faz sentido apresentarmos algo que sensibilize quem está assistindo. Adoramos estar no palco, com o figurino, fazendo arte e aproveitando, mas passar uma mensagem, para mim, é fundamental”, declara Ana.

 

Relato de um professor

O professor Abner José Silva de Andrade, que atuou no espetáculo, divide seu tempo com aulas não só no Ballerina, mas em projetos sociais em Guaraniaçu, Rio Bonito do Iguaçu e no Cemic de Laranjeiras do Sul.

A agenda, segundo ele, fica mais lotada ainda com as apresentações de Natal e fim do ano. Estar no festival tradicional do studio, que acontece todo ano, foi para ele, uma nova experiência por um motivo em especial. “Senti na pele o nervosismo de um professor”, revela Abner.

Segundo ele, um bailarino conhece o limite de seu corpo, mas como professor, não sabe qual será a reação dos alunos com o público.

“Eu estava tranquilo com a minha participação. Mas fiquei preocupado com meus alunos, bem mais nervoso como professor”, afirma o dançarino.

Por Marcelo Padilha