Calor e umidade elevam risco de parvovirose em cães

Em entrevista, a médica veterinária Kamilla Rissioli alerta para o aumento dos casos e reforça que a vacinação é a principal forma de prevenção

Com a chegada dos dias mais quentes, cresce a preocupação com a parvovirose, doença altamente contagiosa entre cães. A médica veterinária Kamilla Rissioli, especialista em clínica médica e cirúrgica, faz um alerta: o calor e a umidade criam condições ideais para a sobrevivência e a proliferação do vírus.
“Além disso, no tempo quente os cães circulam mais em praças e locais públicos, o que aumenta o risco de contágio”, explica.

O que é a parvovirose?

A parvovirose é uma doença viral que atinge principalmente filhotes e cães não vacinados. O vírus é resistente e pode permanecer ativo no solo, nas fezes, em superfícies e até em objetos contaminados.
A transmissão ocorre pelo contato direto com fezes infectadas ou com ambientes e utensílios sujos.

Sintomas

O vírus ataca o sistema gastrointestinal, causando sinais clínicos graves:

  • Vômitos;
  • Diarreia com sangue;
  • Febre;
  • Desidratação severa nos casos avançados.

“Se não for tratada rapidamente, a parvovirose pode ser fatal”, alerta a veterinária.

Prevenção é o melhor remédio

O tratamento existe, mas pode ser longo, caro e nem sempre garante a recuperação total do animal. Por isso, a vacinação é considerada a principal medida de prevenção.
Segundo Kamilla, os filhotes devem começar a vacinação entre a 6ª e a 8ª semana de vida, seguindo o protocolo definido pelo veterinário. Já os cães adultos precisam do reforço anual.

Além da imunização, outras medidas ajudam na proteção: manter a higiene do ambiente, evitar a exposição de filhotes a locais públicos antes da vacinação completa e isolar imediatamente cães com sintomas.

Quando procurar ajuda
Ao notar qualquer sinal de vômito persistente, diarreia com sangue ou apatia no animal, a orientação é clara: procure um médico veterinário imediatamente.
“Quanto mais cedo o diagnóstico e o início do tratamento, maiores as chances de recuperação. Mas nunca é demais lembrar: a prevenção, com a vacinação em dia, é sempre o melhor caminho”, reforça Kamilla.