43 cidades paranaenses realizam teste de novo sistema ‘Samu Mobile’ em atendimentos de urgência

Um novo modelo digital de atendimento de urgência, chamado Samu Mobile, começou a ser testado na quinta-feira (26) em 43 municípios do oeste do Paraná, integrantes do Consórcio de Saúde dos Municípios do Oeste do Paraná (Consamu). A ferramenta tem como objetivo substituir, gradualmente, o atual sistema baseado em comunicação por rádio e telefone.
A chegada da nova tecnologia não altera a maneira como a população solicita atendimento. O número 192 continua sendo o canal oficial para acionar o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). A diferença está no suporte interno: ambulâncias do Samu e do Sistema Integrado de Atendimento ao Trauma em Emergência (Siate) passam a contar com tablets conectados diretamente às centrais de regulação.

Informações médicas em tempo real
Com os tablets, os socorristas poderão transmitir dados dos pacientes, sinais vitais e outras informações do atendimento diretamente aos médicos reguladores, em tempo real. O novo formato elimina a necessidade de ligações telefônicas e do uso de fichas de papel durante os atendimentos.
O Samu Mobile está em fase de testes e ajustes finais. A previsão é que o sistema comece a operar de forma efetiva ainda neste mês, após a capacitação das equipes envolvidas. Atualmente, o procedimento é feito de forma manual: os profissionais anotam informações em pranchetas, interrompem o atendimento para fazer ligações à central e só então recebem as instruções médicas necessárias.

Objetivo é agilizar decisões e integrar atendimentos
O novo sistema busca eliminar etapas e facilitar decisões mais rápidas e integradas durante o atendimento. A medida pretende tornar o processo mais ágil e eficiente, beneficiando tanto os profissionais quanto os pacientes.
A implantação do Samu Mobile será feita em cinco etapas, com previsão de conclusão em todo o estado até julho de 2027. A iniciativa faz parte do programa Paraná Eficiente, financiado pelo Banco Mundial, que já destinou cerca de US$ 53,6 milhões dos US$ 130 milhões previstos ao projeto.
De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), a iniciativa compõe o processo de digitalização da Rede de Atenção às Urgências e se integra ao sistema Samu Web, já utilizado pelas Centrais Regionais de Regulação. A ferramenta permite comunicação em tempo real entre equipes de atendimento, médicos reguladores e, futuramente, hospitais.