Paraná destina R$ 13 milhões para expandir serviços de saúde bucal

De 2023 a 2025, 113 municípios receberam novos consultórios odontológicos, reforçando os atendimentos do SUS, que conta com 1.735 equipes formadas por dentistas, auxiliares e técnicos

A aquisição de novos equipamentos pelo Governo do Estado, por meio da secretaria da Saúde (SESA), fortalece as ações voltadas à saúde bucal. Entre 2023 e 2025, 113 municípios paranaenses receberam novos consultórios odontológicos, ampliando os atendimentos pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
A iniciativa integra a política estadual de fortalecimento da ‘Atenção Primária à Saúde’ (APS) não apenas aumentando o acesso, mas também qualificando a assistência na área. “Queremos intensificar e qualificar a atenção em saúde bucal, dando aos paranaenses ainda mais motivos para sorrir. Reforçamos, assim, nosso compromisso com a inovação e a qualidade nessa área”, disse o secretário de Estado da Saúde em exercício, César Neves.
Em 2023, consultórios odontológicos completos foram entregues a 36 municípios. Em 2024, 49 cidades foram contempladas e em 2025, até o momento, são 28, um total de 113 municípios beneficiados com os equipamentos. Todos com equipes credenciadas e aptas ao trabalho. Em todo Paraná, são 1.735 equipes de saúde bucal, compostas por cirurgiões-dentistas, auxiliares e técnicos em saúde bucal.

Equipamentos
Cada conjunto de equipamentos entregue às Unidades de Saúde inclui cadeiras odontológicas, mochos odontológicos, kit acadêmico, material clínico, instrumentos, fotopolimerizador, ultrassom com jato de bicarbonato, mini-incubadora, seladora, bomba de vácuo, autoclave e compressor. As cidades contempladas no critério de desempenho também receberam equipamentos e acessórios para radiografia periapical.
Os critérios avaliados para distribuição dos equipamentos foram estabelecidos na resolução nº 105/2023 da Sesa. São considerados o desempenho no antigo Programa Previne Brasil e a expansão da cobertura de saúde bucal, atendendo os municípios que credenciaram novas equipes de saúde bucal.

Qualidade
Com esses investimentos, o Estado garante também melhores condições de trabalho para os profissionais e mais conforto, segurança e qualidade no atendimento à população. A chefe da Divisão de Saúde Bucal da SESA, Carolina de Oliveira Azim Schiller, destaca a importância da ampliação do acesso à atenção em saúde bucal no Estado. “Estas ações promovem a saúde, a prevenção, o tratamento e a reabilitação de nossos pacientes, melhorando a qualidade de vida”, disse.

Recursos
Desde 2019, o Governo do Estado destinou mais de R$ 72 milhões para a saúde bucal. A rede pública de saúde oferece atendimento preventivo e terapêutico. Além dos equipamentos, a Sesa repassou R$ 3.841.550 para equipar as clínicas odontológicas da Universidade Estadual de Maringá (UEM), Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP) e Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste).

Combate ao mau hálito
A secretaria estadual da Saúde apoia a Campanha Nacional de Combate ao Mau Hálito e reforça a importância do diagnóstico precoce e do acolhimento, já que mais de 30% da população brasileira convive com o problema, que pode ter causas bucais ou indicar alterações metabólicas e sistêmicas.
O mau hálito constante pode ser um sinal de alerta para a saúde e não deve ser tratado como tabu. A campanha, promovida pela ‘Associação Brasileira de Halitose’ (ABHA), propõe transformar preconceito em cuidado e informação. Com o tema “Mau hálito constante indica problema de saúde”, a ação acontece de 22 de setembro a 25 de outubro em todo o país.

Nas escolas
O ‘Projeto de Atenção à Saúde Bucal’ na Primeira Infância chega aos Centros Municipais de Educação (CMEIs), vinculados ao Programa ‘Saúde na Escola’ (PSE), em cinco municípios da 15ª Região de Saúde – Ângulo, Colorado, Munhoz de Melo, Nossa Senhora das Graças e Sarandi. A meta é alcançar 2 mil crianças de 0 a 6 anos com ações de prevenção e promoção da saúde bucal e distribuir kits de higiene bucal.
Os profissionais farão levantamento epidemiológico em relação à cárie e estratificação de risco. O projeto é desenvolvido pela Sesa em parceria com o curso de Odontologia da Universidade Estadual de Maringá (UEM).