PF cumpre mandados de busca e apreensão por caça ilegal no Parque Nacional do Iguaçu
A investigação foi iniciada após a PF tomar conhecimento da circulação de dois vídeos nas redes sociais.
A Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã desta quarta-feira (07/02), a Operação Caçador, com o objetivo de desarticular um esquema de caça ilegal na região do Parque Nacional do Iguaçu. A ação foi desencadeada após a divulgação de vídeos nas redes sociais que mostravam um indivíduo matando um veado nos entornos do parque.
Dois mandados de busca e apreensão, expedidos pela 4ª Vara Federal de Foz do Iguaçu, foram cumpridos na cidade de Capanema/PR. As diligências visaram coletar elementos que auxiliem na investigação do crime ambiental, como armas, munições, equipamentos de caça e materiais que possam identificar o autor dos disparos.
A investigação foi iniciada após a PF tomar conhecimento da circulação de dois vídeos nas redes sociais. No primeiro, um veado é visto nadando no Rio Iguaçu, sendo perseguido por um homem em um Jet Ski. Já no segundo, o animal aparece morto, com o autor do crime comemorando o fato e alegando que não houve “tortura”.
A partir da análise dos vídeos, a PF realizou diligências para identificar o responsável pela caça ilegal. Através do uso de adereços, comparativo de voz, identificação de referências locais e pesquisa por testemunhas, a equipe de investigação conseguiu reunir indícios que subsidiaram a solicitação dos mandados de busca e apreensão.
A pena para o crime de caça ilegal no Brasil varia de seis meses a um ano de reclusão, além de multa. Caso o crime seja cometido em unidade de conservação, como o Parque Nacional do Iguaçu, a pena pode ser aumentada de metade.
A PF ressalta que a investigação do crime ambiental está em andamento e que a análise dos materiais apreendidos poderá levar à identificação de outros envolvidos no esquema de caça ilegal. A equipe de investigação também busca identificar o responsável pela filmagem e divulgação dos vídeos.