Recurso, conquistado com apoio do deputado estadual Artagão Junior, permitirá a construção da unidade no bairro Caçula dentro do programa ‘Infância Feliz Paraná’
O ano de 2025 ainda não terminou, mas já entrou para a história da Divisão de Licenciamento Estratégico do Instituto Água e Terra (IAT). Até o momento, o setor aprovou três Planos Ambientais de Conservação e Uso do Entorno de Reservatórios Artificiais (Pacueras), quase 50% do total de oito documentos validados desde 2019, quando a área passou a contar com equipe técnica exclusiva.
Os Pacueras aprovados neste ano foram da Pequena Central Hidrelétrica (PCH) Beira Rio, em Jaguariaíva e Sengés; da Usina Hidrelétrica (UHE) Salto Osório, em Quedas do Iguaçu e São Jorge D’Oeste; e da UHE Salto Santiago, em Saudade do Iguaçu. Todos contam com anexos digitais de mapas, bases de dados e zoneamento ambiental disponibilizados no site do IAT. Outros 25 pedidos seguem em análise.
Função e importância dos planos
A engenheira florestal Maria do Rocio Lacerda Rocha, responsável pela divisão, explica que os Pacueras funcionam como um “plano diretor” das áreas que cercam os reservatórios. Eles organizam o uso do território em um raio mínimo de 1 km, preservando a qualidade ambiental, evitando conflitos sociais e impedindo ocupações irregulares.
“É a garantia também do cuidado com a fauna e flora de toda a região, com os mananciais e o abastecimento de água das cidades”, afirmou.
Segundo Maria, a elaboração dos documentos é complexa, envolve consultas públicas, vistorias e análises multidisciplinares, e costuma levar de dois a três anos. O IAT também prepara uma instrução normativa específica para dar mais agilidade ao processo.
Expansão da matriz energética
O avanço na análise dos Pacueras coincide com novos investimentos no setor energético. Nos próximos dois anos, o Paraná terá R$ 1,1 bilhão destinados à construção de 11 Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) em 15 municípios.
O estado foi o segundo do Brasil em número de projetos vencedores no 39º Leilão de Energia Nova A-5, realizado em agosto pelo Ministério de Minas e Energia (MME). Foram contratados 110 megawatts, com início de fornecimento previsto para janeiro de 2030.
Onde serão as novas PCHs
As obras abrangerão municípios como Nova Cantu, Laranjeiras, Altamira, Itaguajé, Colorado, Paranacity, Toledo, Cerro Azul, Clevelândia, Honório Serpa, Moreira Salles, Tuneiras do Oeste, Goioerê, Boa Vista da Aparecida e Cruzeiro do Iguaçu.
Entre os empreendimentos estão a PCH São Salvador, Água Tremida, Caratuva, Generoso, Itaguajé, Cantu 1, Ribeirão Bonito, Córrego Fundo, Nova Geração, Tito e Trindade Baixo Jusante.