Deputado Corti apoia manifestações em defesa dos produtores de leite na fronteira

“O produtor pede socorro para não quebrar, por isso luto na Assembleia, em Brasília e em Curitiba para articular medidas que protejam o setor e coíbam a importação e uso ilegal do leite em pó”, disse o parlamentar

Defensor dos produtores de leite, o deputado estadual Luís Corti (PSB) participou das mobilizações do Dia Nacional em Defesa dos Produtores e da Cadeia Produtiva do Leite em Barracão (PR) e em Dionísio Cerqueira (SC), na fronteira com a Argentina. A ação organizada pelas entidades representativas do setor produtivo aconteceu simultaneamente nas principais regiões produtoras do país para chamar a atenção para a crise enfrentada pelos produtores, na última quarta-feira (11).

“Fiz questão de estar aqui, lado a lado dos produtores, porque também coloco o pé no barro e sei do estrago que esta crise no preço do leite tem gerado nas pequenas propriedades. O produtor está pedindo socorro para não quebrar, por isso tenho lutado na Assembleia, em Brasília e em Curitiba para articular medidas que protejam nosso produtor e coíbam a importação e uso ilegal do leite em pó”, explica o deputado Corti, único parlamentar paranaense presente nas atividades.

Luta junto ao produtor

Segundo ele, medidas a médio e longo prazo são importantes, mas é preciso agir agora para evitar o colapso da cadeia produtiva. “Já acertamos com a Receita Federal, a Polícia Federal e demais órgãos para fechar o cerco contra as importações ilegais. Não basta apenas fazer discurso ou de reuniões de gabinete. As pessoas estão cansadas. Temos que efetivar ações em defesa da cadeia do leite”, reforçou.

Paraná e Santa Catarina uniram forças para protestar na fronteira com a Argentina não por acaso. O sudoeste paranaense e o extremo oeste catarinense são as principais regiões produtoras e as importações de leite argentino e uruguaio são um, entre os principais motivos do desequilíbrio do mercado brasileiro. Mais de 700 produtores participaram da manifestação e da passeata até a aduana de Dionísio Cerqueira, na divisa com a Argentina.

“A importação de leite já é três vezes maior do que foi ano passado. 53% vem da Argentina e 41% vem do Uruguai. Esse é um dos caminhos para a entrada do produto no Brasil, as vezes até de forma ilegal”, destacou o deputado.

Ações

A intensificação das ações de fiscalização e o rastreio do produto importado em território nacional foram tema de uma reunião técnica comanda por Corti no início da semana. Representantes dos órgãos agropecuários federais e estaduais, PRF e Receita Federal vão aprimorar o compartilhamento de informações para atuação conjunta.

“A Argentina e o Uruguai abarrotaram o mercado brasileiro de leite e nós queremos saber para que o produto será usado. Se for reidratado na indústria e vendido como leite líquido, essas empresas também precisam ser punidas”, afirmou Corti.

Reivindicações

A pauta de reivindicações emergenciais da categoria inclui a prorrogação das dívidas de custeio e investimentos dos recursos controlados, a criação de uma linha especial e emergencial de crédito para custeio agropecuário, a obrigatoriedade de um selo de rastreabilidade nos produtos importados, criação de parâmetros técnicos que diferenciem leite reidratado de leite não-reidratado e aumento das compras governamentais de leite e derivados.

Economia

A cadeia produtiva do leite é responsável por gerar mais de R$ 180 bilhões no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. Em 90% dos municípios existem produtores de leite, gerando uma cadeia econômica dependente do setor. As pequenas propriedades representam 80% da cadeia produtiva e a maioria desses produtores não tem outra fonte de renda.

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