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Fibromialgia: conheça os sintomas, tratamentos e prevenções da doença

A fibromialgia é um problema comum, que afeta 2,5% da população mundial, sem diferenças entre nacionalidades ou condições socioeconômicas

musculatura, a doença é bastante comum. Normalmente o diagnóstico preciso é feito por meio de uma entrevista com um médico.

As dores normalmente são acompanhadas de outros sintomas como, cansaço, sono reparador (a pessoa acorda cansada), alterações de memória e atenção, ansiedade, depressão e alterações intestinais.

A cada 10 pacientes, sete são mulheres, e ainda não se sabe a razão do fenômeno. A hipótese de ser um problema hormonal já foi descartada visto que a síndrome afeta as mulheres tanto antes quanto depois da menopausa. A idade do surgimento da fibromialgia é entre os 30 e 60 anos, porém existem casos em pessoas mais velhas, havendo também em adolescentes e crianças.

Na reumatologia (estudo e tratamento das doenças reumáticas e osteoarticulares), são frequentemente usados critérios diagnósticos para definir se o paciente tem uma doença reumática ou não. Este método é extremamente importante, pois através desses critérios é possível saber se todos os pacientes com o mesmo problema apresentam os mesmos sintomas.

Sintomas

As dores da fibromialgia podem variar, podendo ser uma dor espalhada pelo corpo, havendo casos de dores mais localizadas. É comum a pessoa ter dificuldade na definição da dor, como quando e onde ela começou, pois é uma dor leve que vai ganhando intensidade no decorrer do tempo. A dor costuma ser mais intensa no final do dia, podendo sentir dor pela manhã, nos ossos e ao redor das articulações.

Alguns pacientes têm uma grande sensibilidade ao toque, se recusando a apertos de mão e abraços por exemplo. Não há aparecimento de inchaços, os inchaços que podem aparecer são decorrentes das contrações musculares em resposta a dor.

O sono profundo é interrompido, fazendo com que caia a qualidade do sono e a pessoa acorda cansada, mesmo depois de dormir por um longo período, ocasionando o aumento da fadiga, a contração muscular e a dor.

O cansaço se torna um sintoma comum, pois vai além de um cansaço reparador, os pacientes apresentam uma baixa tolerância aos exercícios, se tornando um grande problema, pois é um dos grandes tratamentos.

Entretanto, a depressão é comum nos pacientes, porém, nem todos os pacientes com fibromialgia tem depressão. Por muito tempo pensou-se que a fibromialgia era uma “depressão mascarada”. Hoje, sabe-se que a dor da fibromialgia é real, e não se deve pensar que o paciente está “somatizando”, isto é, manifestando um problema psicológico através da dor.

Possíveis causas

É comum pacientes reclamarem das alterações de memória e atenção, isso se deve ao fato de se tratar de uma dor cronica, para o corpo a dor é sempre um sintoma importante, o cérebro dedica energia para tratá-la junto a outras tarefas, deixando a memória e a atenção prejudicadas.

Não existe ainda uma causa específica conhecida para o desenvolvimento da síndrome, porém, alguns indícios são relevantes para o aparecimento da síndrome. Estudos recentes mostram que os pacientes apresentam uma sensibilidade maior à dor do que outras pessoas sem fibromialgia, como se o cérebro das pessoas tivesse um “termostato”, que ativasse todo o sistema nervoso para fazer com que a pessoa sentisse mais dor, levando os nervos, medulas e cérebro a aumentarem a intensidade de estímulos dolorosos.

O seu aparecimento pode ocorrer depois de eventos graves na vida de uma pessoa, como um trauma físico, psicológico, até mesmo uma infecção grave. É comum que o quadro comece com uma dor localizada, progredindo por todo o corpo.

Tratamento

A fibromialgia não tem cura, mas o uso dos medicamentos indicados pelo médico, associados as terapias, auxiliam no controle dos sintomas e restabelecem a qualidade de vida. A doença não leva ao risco de morte, porém se não tratada compromete a qualidade de vida em virtude da dor, portanto apesar de não levar a óbito, é uma doença grave que deve ser diagnosticada e tratada precocemente.

Recomendações

O uso de medicamentos com orientação profissional é importante para o controle da doença;

Evite realizar atividades esgotantes, prefira praticar atividades físicas com orientação profissional e supervisão;

Reduza o estresse;

Pratique boas rotinas de sono com redução de estímulos, como luz, barulhos entre outros;

Procure posições confortáveis para sentar e deitar;

A atividade física regular ajuda na prevenção das crises e dor;

Busque ajuda psicológica e uma rede de suporte;