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Tome cuidado ao beijar seu animal de estimação

Uma pesquisa europeia em animais e pets descobriu um cenário preocupante de proliferação de bactérias

Um estudo feito pela Faculdade Real de Veterinária da Universidade de Londres, e pela Universidade de Lisboa, orienta que as pessoas devem evitar beijar seus animais de estimação, e não deixá-los comer comida diretamente do prato, além de lavar as mãos após acariciá-los ou recolher seus resíduos, pois as bactérias que estes animais produzem podem ser resistentes a antibióticos.

Bactéria preocupante

Assim, após a análise genética de amostras mensais de fezes de 114 pessoas saudáveis, 85 cães e 18 gatos, durante quatro meses,  os pesquisadores descobriram que 15 pets e 15 humanos estavam carregando uma bactéria preocupante. Metade dos animais de estimação infectados tinha uma cepa resistente a antibióticos, assim como um terço das pessoas, que desenvolveram resiliência contra penicilina e outros tratamentos.

Resistência a antibióticos

“Mesmo antes da pandemia de Covid-19, a resistência aos antibióticos era uma das maiores ameaças à saúde pública porque pode tornar incuráveis doenças como pneumonia, sepse, infecções do trato urinário e feridas. Embora o nível de compartilhamento das famílias [de bactérias] que estudamos seja baixo, portadores saudáveis podem espalhar bactérias por meses e ser uma fonte de infecção para animais, e também pessoas mais vulneráveis como idosos e mulheres grávidas”, explica a pesquisadora Juliana Menezes, da Universidade de Lisboa, principal autora do estudo, citada pelo jornal The Telegraph.

Boas práticas de higiene

Segundo a cientista, as bactérias estudadas foram encontradas no trato gastrointestinal e a transmissão pode ocorrer pela via fecal-oral. Portanto, boas práticas de higiene por parte dos tutores ajuda a reduzir o compartilhamento, como lavar as mãos após a coleta de dejetos dos animaizinhos ou mesmo depois de acariciá-los.