A Correio do Povo da edição de ontem (14) manifestou o sentimento de luto, não só pelas pessoas que tiveram a vida ceifada por esse vírus, mas também por aquelas que se encontram na situação em que viver ou morrer depende de uma vaga na UTI do Instituto São José – hospital que atende os casos de Covid-19 em nossa região e encontra-se em sua capacidade máxima de ocupação.
A situação é séria e muitas pessoas ainda estão brincando, fazendo piadinhas, pessoas que ainda não entenderam a gravidade do que está acontecendo. Quando um prefeito proíbe a comercialização de bebidas alcoólicas, o objetivo é apenas evitar aglomerações. Você quer beber no aconchego da sua casa, no núcleo da sua família – que moram na mesma residência – pode beber, ninguém está proibindo e é por isso que não tem a mínima graça postar fotinho nas redes sociais com uma lata de cerveja, debochando do decreto ou do poder Executivo do município.
O que falta em muitas pessoas é colocar-se no lugar do próximo, tentar imaginar a dor de perder um ente querido. Vamos além, talvez o que falte seja inteligência mesmo, falta de raciocínio, porque não há outra explicação para o cidadão não se preocupar com o fato de não termos leitos nem de enfermaria e nem de UTI.
Vamos fazer uma análise rápida, citando apenas os seis municípios atendidos conveniados à Assiscop: Laranjeiras, Porto Barreiro, Rio Bonito, Marquinho, Virmond e Nova Laranjeiras. São 192 casos ativos. E se todos esses pacientes tiveram complicações e precisarem de internação? Muitos vão morrer, porque não há vagas.
Mais uma vez pedimos a todos que intensifiquem os cuidados.