Forroeste: cultura na Cantu é foco de pesquisa de Instituto

Diante do processo de reformulação da Ferrovia Ferroeste – onde o trecho que corta a Cantu passará por benfeitorias -, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), está realizando uma pesquisa para compreender a cultura local.

A pesquisadora Jéssica Linia veio de Fortaleza para conhecer as danças tradicionais, a música, as comidas típicas, o folclore e o misticismo local. Em entrevista à Rádio Campo Aberto, ela revelou que tem conversado com moradores antigos e, dentre o que já ouviu, lhe chamou a atenção a presença de benzedeiras.

“Consegui identificar, nessa região, há uma presença de parteiras, de benzedeiras, pessoas que fazem o uso do conhecimento das ervas, para indicar chás e banhos. Há, marcadamente, a presença da cultura gaúchesca. É a dança tradicional, a musicalidade. Ainda o sertanejo tradicional resiste nessas localidades. Daí busquei contato também com os CTG’s e digo que me surpreendi positivamente e me encanto com a vivacidade que tem a cultura na região”, disse.

Sobre a Ferroeste

A Ferroeste foi criada em 1988 e começou a operar em 1996, com a função de escoar a produção agrícola e insumos para plantio até o porto de Paranaguá. Sua extensão vai de Cascavel, no Oeste do Estado, a Guarapuava, no Centro-Sul. Ela atravessa nove municípios da Cantu, como Campo Bonito, Guaraniaçu, Ibema, Nova Laranjeiras, Laranjeiras do Sul, Marquinho, Cantagalo, Goioxim e Candói.

 A pesquisa é importante para a Ferrovia pois irá validar ou não a continuidade das obras na estrada de ferro. “Haja vista as modificações na estrada de ferro, o IPHAN tem preocupação em exigir estudos arqueológicos e sobre a cultura imaterial, para conceder a licença dos empreendimentos. Onde há movimentação de terra, tem arqueológo lá, buscando algum vestígio de algum grupo que antigamente habitou a região. Por minha vez, há o meu estudo sobre a questão da cultura imaterial. Após a aprovação do relatório pelo IPHAN, volto a entrar em contato novamente, para que as pessoas tenham acesso a esse relatório. Vocês terão condições de verificar o que foi encontrado e o que foi possível perceber e diagnosticar a partir dessas entrevistas”, explicou.

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