Dia Mundial do TDAH, uma data para conscientizar e desmitificar rótulos
A psicóloga laranjeirense, Adriele Malherbi, explica quais características e tratamentos são indicados aos pacientes
Nesta terça-feira, dia 13 de julho, foi comemorado o Dia Mundial do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). A data foi criada para espalhar informações sobre o tema, conscientizar e desmistificar rótulos. O TDAH é um transtorno neuropsiquiátrico mais comum em crianças e adolescentes, mas que pode acometer a pessoa por toda a sua vida.
Segundo a Associação Brasileira do Déficit de Atenção (ABDA), ele ocorre em 3% a 5% das crianças de diferentes regiões do mundo e, em mais da metade dos casos, o transtorno acompanha o indivíduo na vida adulta.
“As características centrais apresentadas são dificuldades em regular a atenção e controlar impulsos e hiperatividade”, explica a psicóloga laranjeirense Adriele Malherbi Bortoluzzi.
Sendo uma síndrome de base genética bastante relevante, Adriele esclareceu também que o déficit de atenção está relacionado com a regulação de um determinado conjunto de funções cerebrais e comportamentos relacionados, e, essas operações cerebrais são coletivamente referidas como “habilidades de funcionamento executivo”.
“Incluem funções importantes como atenção, concentração, memória, motivação e esforço, aprendizagem a partir dos erros, impulsividade, hiperatividade, organização e habilidades sociais”, detalhou ela. Além disto, existem vários fatores contribuintes que desempenham um papel nesses desafios, incluindo diferenças químicas e estruturais no cérebro, bem como genética.
Quem tem TDAH?
Pesquisas apontam que aproximadamente 5% dos adultos têm TDAH no Brasil, o que representa mais de 10 milhões de pessoas. “Uma vez que o TDAH é uma condição neuro-comportamental, não há cura e a maioria não supera”, continua a psicóloga.
Nem todos os casos de TDAH são os mesmos. Segundo Adriele, existem diferentes subtipos de TDAH – desatento, hiperativo e combinado, ou seja, uma junção de desatenção com hiperatividade -, e cada pessoa tem um perfil cerebral único e cada um experimenta o TDAH da sua maneira.
“O diagnóstico de TDAH é delineado pela Associação Americana de Psicologia no DSM-5, como um padrão persistente de inatenção ou hiperatividade/impulsividade, que interfere no funcionamento ou no desenvolvimento ao longo do tempo e configurações”, relata ela.
Tratamento
Embora não haja cura para o TDAH, os tratamentos atualmente disponíveis podem ajudar a reduzir os sintomas e melhorar o funcionamento. “Ele é comumente tratado com medicação, educação ou treinamento, psicoterapia ou uma combinação dos tratamentos”, conclui a psicóloga.