Assembleia lança programação do ‘Outubro Rosa’ voltada à saúde da mulher
Com quase 10 novos casos diários de câncer de mama no Paraná, a iniciativa reforça a importância da conscientização e prevenção
Símbolo mundial da luta contra o câncer de mama, o Rosa toma conta de outubro para reforçar a importância da conscientização e da prevenção contra o segundo tipo de câncer mais incidente entre mulheres no Brasil e no mundo, atrás apenas do câncer de pele não melanoma. No Paraná, o Instituto Nacional do Câncer (INCA) estima uma média de 3.650 novos diagnósticos por ano – quase dez casos por dia. Em todo o país, para o triênio 2023-2025, são projetados 73.610 novos casos anuais.
Atualmente, o câncer de mama corresponde a cerca de 28% dos casos novos de câncer em mulheres. A doença também acomete homens, mas de forma rara, representando menos de 1% do total. Relativamente rara antes dos 35 anos, sua incidência cresce progressivamente a partir dessa idade, especialmente após os 50 anos. Estatísticas indicam aumento da ocorrência tanto em países desenvolvidos quanto em desenvolvimento. Apesar da gravidade, quando detectado precocemente, o câncer de mama apresenta chances de cura que podem ultrapassar 95%. Por isso, o acompanhamento regular por meio de exames e consultas médicas é fundamental.
No Paraná, a campanha ‘Outubro Rosa’ foi instituída pela Lei estadual 16.935/2011, de autoria da deputada Cantora Mara Lima (Republicanos), presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Assembleia Legislativa. A norma estabelece o mês como período dedicado à promoção de ações educativas e preventivas, com foco no diagnóstico precoce e na integridade da saúde da mulher. “Criamos a lei do Outubro Rosa no Paraná para que a prevenção e o cuidado com a saúde da mulher se tornassem uma política permanente. O diagnóstico precoce salva vidas, e cada mulher precisa ter acesso à informação, aos exames e ao tratamento digno”, afirmou Mara Lima. Para a parlamentar, ampliar a conscientização é fundamental: “Com diagnóstico precoce, há cura depois do câncer, há vida depois do câncer”.
Atividades
A Assembleia Legislativa reforça o movimento e promove uma série de atividades ao longo do mês com foco na saúde integral da mulher. Já nesta quinta-feira (2), acontece a audiência pública “Outubro Rosa”, organizada pela deputada Secretária Márcia (PSD), com a presença de mulheres, relatos de enfrentamento à doença e entidades que oferecem apoio e tratamento a pacientes com câncer.
Na última segunda-feira (06), a deputada Cantora Mara Lima promove a audiência ‘Outubro Rosa – Haverá Sinais’, com a participação de especialistas e representantes de instituições que atuam na temática. No dia seguinte (07), será realizado o debate ‘A Saúde da Mulher no Climatério’, por iniciativa da Bancada Feminina do Parlamento, com apoio de outros deputados. Encerrando a programação, no dia 24, o deputado Ney Leprevost (União) conduz uma solenidade em homenagem à Rede Feminina de Combate ao Câncer.
Além das ações do Poder Legislativo, as paranaenses contam com o ‘Paraná Rosa’, promovido pelo Governo, que integra saúde, esporte, cultura e conscientização. Uma das novidades desta edição é a ‘Carreta Saúde da Mulher’, unidade móvel equipada com consultórios itinerantes para a realização de exames gratuitos. Até o fim de 2025, a carreta deve percorrer 48 cidades, garantindo atendimento e diagnóstico precoce a milhares de mulheres.
Quatro décadas
O movimento ‘Outubro Rosa’ surgiu em 1985, nos Estados Unidos, com a ‘Sociedade Americana Contra o Câncer’, e ganhou visibilidade internacional em 1991, em Nova York, quando laços cor-de-rosa foram distribuídos durante a primeira Corrida pela Cura.
Desde então, a campanha se espalhou pelo mundo, impactando diretamente a vida de milhões de mulheres. Um estudo mostrou que a conscientização aumenta significativamente o número de mamografias realizadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS): em outubro, os exames crescem 33% em relação à média, chegando a 39% em novembro e 22% em dezembro. A campanha nacional do Inca tem como slogan, este ano, ‘Mulher: seu corpo, sua vida’.