COP30 em Belém debate transição energética e 10 anos do Acordo de Paris

A cúpula também discute metas de curto prazo, como a proposta de triplicar a capacidade global de energia limpa até 2030

A Cúpula de Líderes da COP30, realizada em Belém (PA), retomou ontem (07) os debates sobre os dois pilares centrais da conferência: a transição energética e a avaliação dos dez anos do Acordo de Paris. Chefes de Estado participam ao longo do dia de sessões temáticas cruciais para definir os próximos passos na luta contra a crise climática.

Desafios e metas climáticas
O debate sobre o Acordo de Paris (COP21) visa relembrar o compromisso de 195 partes em limitar o aquecimento global a “bem abaixo de 2°C”, buscando o limite ideal de 1,5°C. O foco da discussão são as Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs), os planos de cada país para adaptar-se aos impactos e reduzir suas emissões.Outro ponto alto da agenda é a transição energética. A sessão deve abordar o desafio de substituir combustíveis fósseis (petróleo, gás e carvão) por fontes renováveis. Entre as metas discutidas, está a proposta de triplicar a capacidade global de energia limpa até 2030, além de avaliar o papel dos combustíveis sustentáveis defendidos pelo Brasil na ‘coalizão Belém 4x’.

Agenda do presidente
O Presidente Luiz Inácio Lula da Silva cumpre uma agenda intensa no último dia da Cúpula. Além de participar da fotografia oficial e das plenárias sobre os temas centrais, ele tem reuniões bilaterais com o Chanceler da Alemanha, Friedrich Merz, e o presidente de Moçambique, Daniel Chapo.Na abertura do evento, Lula destacou o papel estratégico da Amazônia nas discussões e classificou a COP30 como a “COP da verdade”. O presidente defendeu o fim dos combustíveis fósseis, um discurso que expõe a contradição do governo brasileiro ao autorizar, recentemente, pesquisas da Petrobras na Margem Equatorial.Os encontros desta sexta-feira ocorrem um dia após o lançamento do Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF), uma das principais propostas diplomáticas do evento, que visa remunerar países pela preservação de suas florestas.