Depois que a poeira da passagem de Lula por Curitiba baixou, ficaram alguns questionamentos. Vale lembrar, que o barulho maior foi feito pelos parceiros do PT, ou seja, Central Única dos Trabalhadores (CUT), Movimento dos Sem Terras (MST) e outros sindicatos. Todos, diga-se de passagem, profissionais em organizar atos públicos. Não estamos aqui condenando quem subiu no palanque defendendo Moro ou Lula. A mídia tem uma grande parcela de culpa em ter transformando um simples depoimento em um evento de grande repercussão nacional, como se dali e na quarta-feira mesmo sairia uma decisão de condenação ou não de Lula.
O povo de um modo geral, contra ou a favor, deve ter percebido que pouco ou quase nada mudou com o depoimento de Lula. Ninguém esperava que o ex-presidente viesse a Curitiba e diante do juiz Sergio Moro, admitisse que o tríplex fosse dele e fruto de propina. Até porque o caso tríplex é o menor dos problemas de Lula. Se alguém chegou a imaginar isso saiu frustrado do evento. O termo evento não está equivocado, porque foi isso que se tornou o depoimento do senhor Luiz Inácio da Silva. Prova disso é que até um palanque foi armando para que o ex-presidente aproveitasse a viagem e a tornasse num ato político. Em um discurso de cerca de 20 minutos, como em seu depoimento, Lula jurou de pés juntos que o tríplex não é dele, reiterando que se tem um brasileiro em busca da verdade é ele. Por outro lado, se tem uma pessoa desinformada no Brasil é ele. Prova disso foi seu depoimento, das perguntas que respondeu para uma grande maioria alegou não ter conhecimento, a famosa frase Eu não sabia. É claro que o ex-presidente aproveitou para reforçar sua intenção de ser candidato em 2018. Por aí dá para perceber que existe uma confiança de que não será julgado, pelo menos em 2ª instância até as eleições de 2018. Detalhe, se elas vierem a acontecer, uma vez que existem rumores que deputados e senadores deverão propor na minirreforma eleitoral, um mandato tampão para Temer e assim realizar eleições gerais em 2020, juntamente de prefeitos e vereadores.
Os questionamentos ficam por conta de sabermos como estará o Brasil de amanhã? Quais as reformas que vão passar: trabalhista, previdência, fiscal e eleitoral? E o TSE, julga ou não a chapa Dilma e Temer antes das próximas eleições?