Quem assumirá o poder numa eventual cassação de Temer?

A gangorra do poder nunca esteve tão em alta no Planalto Central. As bolas da vez são os deputados Osmar Serraglio e Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), se Serraglio permanecer em algum cargo no governo federal, Loures continua na Câmara Federal e com isso mantém seu foro privilegiado. O caso é simples, como Rocha Loures é suplente de Serraglio na Câmara dos Deputados, ele está deputado, caso Serraglio não aceite nenhum cargo oferecido pelo presidente Michel Temer, ele volta para o congresso nacional e Loures perde seu foro privilegiado e assim poderá ser preso o mais breve possível.

Como na política não existe ponto sem nó, mesmo correndo risco de que seu pupilo Rocha Loures fique sem o foro privilegiado, Temer coloca um homem de sua confiança, no caso Torquato Jardim no Ministério da Justiça e assim facilitar o diálogo com os tribunais superiores, leia-se Tribunal Superior Eleitoral (TSE), onde Torquato já foi ministro. Detalhe, o TSE julgará a chapa Dilma-Temer ainda na primeira semana de junho, caso seja condenado é o caminho mais curto para a cassação de Temer. Há quem jure de pé junto que esse julgamento será adiado, o próprio ministro Torquato disse em recente entrevista que será inevitável um pedido de vista, e com isso o adiamento do julgamento da chapa. Jardim vai além ao afirmar que 90% dos que falam sobre o julgamento da chapa Dilma-Temer é chute. Diz ele que nunca viu tantos especialistas em TSE, e pior sem entender nada. Bem, com essa interlocução, já dá para entender porque no meio do furação JBS, Temer ainda tira tempo para fazer a dança das cadeiras com os ministros.

Agora existe um alvoroço gratuito dos partidos de oposição já pensando na linha de sucessão no caso de uma possível cassação de Temer. Na primeira linha de sucessão está o presidente da Câmara dos Deputados Rodrigo Maia (PMDB-RJ), que assume e tem 30 dias para convocar uma eleição indireta para eleger o novo presidente e vice. Alguém duvida que o atual grupo que está no poder vai perder a oportunidade de eleger quem eles quiserem. Com briga, sem briga ou acordos PMDB, PSDB e base aliada devem elegem o próximo presidente para comandar o país até o final de 2018. O que resta para o eleitor brasileiro é esperar as eleições normais em 2018, essa que ainda deverá eleger apenas, governadores, deputados estaduais, federais, senadores e presidente da república. Essa sim vai ser a hora de mostrar nas urnas quem realmente manda.

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