Sant´Ana Fest é música na alma

Aproveitar a boa fase fazer florescer mais categorias como essa, talvez no Canta Cantu ou no Laranja da Canção, seria magnifico

O grande Hans Christian Andersen nos adverte: “onde as palavras falham, a música triunfa”.  Talvez isso explique o fascínio que os seres humanos sempre sentiram pela música, em todas as épocas.

Embora o sentido da audição tenha mais de 300 milhões de anos, a possibilidade musical é muito recente e aponta para a nossa evolução como civilização. O chamado Hino Hurrita nº 6 é a música mais antiga do mundo. Trata-se de uma ode à deusa Nikkal, achada em Ugarit, na Mesopotâmia. Foi composta no período final desta civilização, 3.400 anos atrás e pode ser reconstruída de forma sonora.

Como costuma ensinar o Maestro Matias, na música estão contidos três elementos: as palavras, a harmonia e o ritmo. Daí a importância da boa música, aquela que enleva a alma e nos aproxima da divindade.

A emoção e a criatividade proporcionada pelo festival desta semana, parece ter acertado em cheio e amplia as oportunidades para talentos jovens e maduros, além de oferecer audições que encantaram o público.

A música é uma modalidade que desenvolve a mente humana, promove o equilíbrio, proporciona um estado agradável de bem-estar, facilitando a concentração e o desenvolvimento do raciocínio.

Ao articular aos vencedores a participação nos demais eventos musicais expressivos da Cantu, o Sant´Ana Fest se consolida como um festival relevante que atrairá cada vez mais o público regional. Parabéns aos organizadores. Que venham mais festivais. De música sacra, de música erudita e especialmente de composições originais. Desde o Fercapo – Festival Regional da Canção Popular, realizado pela última vez em 2002 em Cascavel, quase não vemos festivais autorais. Aproveitar a boa fase fazer florescer mais categorias como essa, talvez no Canta Cantu ou no Laranja da Canção, seria magnifico.