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Terceira fase do Open Banking deve consolidar uso de Pix no varejo

Sem a necessidade de diversas etapas na jornada de pagamento, transações com Pix devem melhorar a experiência do cliente e garantir maior conversão

A terceira fase do Open Banking já está em andamento e inclui uma nova funcionalidade para o uso do Pix. Por meio do Iniciador de Pagamentos, será possível realizar pagamento via Pix dentro do próprio aplicativo ou website, sem que o usuário precise acessar os canais da instituição financeira onde tem conta.

Essa operação será possível apenas nas instituições detentoras de conta transacional autorizadas pelo BC e certificadas no Open Banking. Segundo o Banco Central, já foram realizadas mais de 10 bilhões de transações por meio do pagamento instantâneo desde o lançamento em 2020.

“O modelo de compartilhamento de dados trazido pelo Open Banking deve gerar boas oportunidades para o público PJ, especialmente para pequenas e médias empresas. Com a implementação da iniciação de transações de pagamentos por Pix, será possível melhorar a experiência do cliente, garantindo maior taxa de conversão nas transações online e, consequentemente, melhor retorno financeiro”, afirma Fernando Radunz, CIO do Banco BS2, banco digital PJ.

Para Beatriz Albuquerque, estudante de economia da Universidade Federal da Fronteira Sul, e vendedora de cosméticos, a nova fase do Open Banking foi pensada especialmente nos pequenos empreendedores. “Estou ansiosa para usar a ferramenta porque, atualmente, todo mundo utiliza o PIX como forma de pagamento, e não ter um QRCode que mande direto para o PJ dificulta muito. Vai facilitar a separação entre pessoal e empresarial”, explicou.

Funcionamento

A ferramenta funciona de maneira similar ao QR Code, por meio de APIs que realizam a iniciação automática. Porém, ao invés de ter que copiar o código e entrar no aplicativo ou site da instituição financeira para realizar o pagamento do Pix, a transação passará a ser realizada diretamente no site ou app do vendedor, possibilitando jornadas de autenticação simplificadas como, por exemplo, uma mensagem push.

Com a nova funcionalidade, estima-se um aumento na taxa de conversão de Pix. “Embora a taxa de conversão do BS2 seja perto de 95%, em relação aos QR Codes gerados e pagos, quando olhamos apenas para as transações de sites de comércio eletrônico, esse número cai bastante. Esperamos um crescimento nesse indicador em função da melhora da experiência do cliente na jornada”, explica Radunz.

Em janeiro desse ano, o QR Code representava 59% das transações por Pix envolvendo empresas no BS2, comparado com 51% em agosto de 2021. “O aumento do uso do Pix como meio de pagamento mostra como a ferramenta tem ganhado espaço entre o público PJ, já que amplia a oferta de meios de pagamentos oferecidos aos clientes. O varejo digital deve ser a maior frente de consolidação da ferramenta”, ressalta o executivo.

No mês passado, o BS2 saltou para 3,98% do Market share de Pix de Pessoas Jurídicas no país. Em novembro de 2021, havia atingido 3,18% de participação do mercado. Ao todo, foram realizadas pelo Banco mais de 64 milhões de transações dessa modalidade, entre clientes PF e PJ.