Projeto do Centro Hospitalar São Lucas, já atendeu mais de 50 gestantes em 2024

Lançado em 2015, o programa ‘Mamãe Coruja’ tem como objetivo esclarecer dúvidas e familiarizar as pacientes dos municípios associados à Assiscop com a triagem e a rotina do hospital

Com o objetivo de sanar dúvidas e tranquilizar gestantes, puérperas e seus acompanhantes, o Centro Médico Hospitalar São Lucas, de Laranjeiras do Sul mantém o projeto ‘Mamãe Coruja’, desde 2015. Há dois anos, quem coordena este projeto é a enfermeira Elenice Correa, que vê a iniciativa como um divisor de águas. “Nada é mais importante que tranquilizar as futuras mamães nesta etapa”, disse ela.

Atendimento especial

Com um corpo clínico obstetra composto pelos profissionais Dra. Rafaela Mezzomo, Dra. Juliana dos Santos, Dr. Rodrigo Rogato e Dr. Gilmar Schneider, além do pediatra Dr. Hilton Vidotti, as pacientes dos municípios contemplados pela Associação Intermunicipal de Saúde do Centro Oeste do Paraná (Assiscop), se reúnem às terças-feiras para tirar dúvidas e visitar toda a triagem do hospital. “Quanto mais informações repassadas, mais a gestante se sente confortável. Desde 2015, todas as pacientes que passaram pelo São Lucas acompanharam cada passo desde a entrada no Centro Hospitalar, até o centro cirúrgico”, detalha Elenice.

Em roda de conversa, as futuras mamães também são informadas de todos os direitos previstos, principalmente sobre os acompanhantes. “Uma dúvida geral é se o acompanhante pode ficar e acompanhar cada passo do processo. Sim. Desde à entrada até à alta, o acompanhante pode e deve estar junto”, disse a coordenadora.

Outro ponto importante, definido por Elenice, é que ao acompanhar às reuniões e seguir os requisitos do Ministério da Saúde, as gestantes podem escolher a via de parto, assim como realizar o agendamento prévio de cesárea de baixo risco, habitual ou intermediário. “São opções e benefícios que sem o projeto, muitas mulheres não teriam escolha. Nosso trabalho é informar”, destaca.

Como participar?

Com pleno funcionamento nos 12 meses do ano, os encontros acontecem uma vez na semana, com agenda pré-programada. Ou seja, os dias disponíveis são enviados às secretarias de Saúde. “Cantagalo, Laranjeiras, Marquinho, Nova Laranjeiras, Porto Barreiro, Rio Bonito do Iguaçu e Virmond têm acesso. Todos os nossos encontros são fotografados e publicados nas redes sociais, de forma que sejam vistos e as pacientes nos procurem para tirar dúvidas, principalmente, gestantes a partir de 30 semanas”, explica Elenice.

Cuidado

Somente em 2024, mais de 50 mulheres já passaram pelo projeto. A coordenadora avalia o funcionamento com orgulho. “Com o passar dos anos, alteramos alguns pontos para melhorar a comunicação com as gestantes. Antes, os encontros que eram semestrais, se tornaram mensais, o que facilita muito”, disse ela.

Elenice pontua que apesar do avanço da tecnologia e informações, muitas mães ainda possuem muitas dúvidas. “Nos perguntam muito sobre o pré-natal e o processo dentro do hospital. Muitas desejam saber a rotina, o que e como vai ser realizado e quem são os profissionais que atuarão. Esse projeto consegue esclarecer dúvidas e passar total segurança”.

Histórias que marcam

Ao relembrar momentos importantes da ‘Mamãe Coruja’, Elenice cita a alegria em rever bebês um tempo depois do parto. “Pude cuidar de muitas vidas, mas algumas me marcaram grandemente. É o caso de um bebê que nasceu com apenas 29 semanas. O momento foi delicado, mas tivemos a graça de acompanhar o nascimento e realizar sua transferência. Após vários dias de internamento, recebemos ele em nossa unidade. Foi um momento e tanto”, disse ela.

Busca por parcerias

Elenice afirma que apesar de antigo, o projeto sempre busca parceiros. “Recebemos apoio das Senhoras Rotarianas, que fizeram doação de toucas e sapatinhos. Também recebemos outras doações de travesseiros e cobertores. O Centro Hospitalar São Lucas está aberto à parcerias. Toda ajuda é bem-vinda, principalmente quando se tratam de novas vidas”, afirma. Segundo ela, o projeto vai continuar por muito tempo. “É gratificante passar segurança para todos, seja gestante, acompanhante ou puérpera. Acolhimento é essencial neste momento, por isso cuidamos dessa iniciativa com tanto carinho há nove anos”, finaliza a coordenadora.