Responsivo

Queijarias da região são premiadas no Mundial do Queijo do Brasil

A Queijaria Serra dos Macacos, de Nova Laranjeiras, recebeu a medalha de prata, enquanto a Irmão Queijeiro, de Chopinzinho, levou o ouro na competição. Além disso, a Tia Nena, de Cantagalo, conquistou tanto a medalha de bronze quanto a de ouro

A 3ª edição do Mundial do Queijo do Brasil, realizada em São Paulo entre 11 e 14 de abril, evidenciou a qualidade dos queijos paranaenses. Dos 55 queijos e produtos lácteos do estado premiados, quatro são da região: dois de Cantagalo, um de Chopinzinho e um de Nova Laranjeiras. O evento, que reuniu 1.900 produtos de 13 países, premiou 598 queijos e derivados.

Queijaria Tia Nena

A Queijaria Tia Nena, de Cantagalo, que atua no ramo desde 2019, conquistou duas medalhas no Mundial: bronze para o ‘Queijo Colonial’ e ouro para o ‘Queijo Coalho’. A proprietária, Solange Liller, destaca a importância da premiação e a evolução da queijaria. “Essa é a segunda competição que participamos. Na primeira, no Mundial do Queijo de Tours, na França, não fomos premiados. A diferença este ano foi significativa. Aprendemos com a experiência anterior e aprimoramos nossos processos. Os queijos sofreram menos durante o transporte, o que resultou em uma melhor avaliação”, ressalta.

Queijaria Irmão Queijeiro

Em Chopinzinho, Giovana Karina Gregolon e Leocledes Gosler transformam paixão em queijos premiados desde 2010, na Queijaria Irmão Queijeiro. Em 2022, a medalha de prata no Mundial do Queijo em São Paulo marcou o início do reconhecimento internacional. Em 2023, a queijaria colecionou prêmios em concursos nacionais e internacionais, incluindo 6 premiações no Queijos Brasil e 2 medalhas de prata na Expo Queijo. Segundo Leocledes, a conquista da medalha de ouro no Mundial do Queijo 2024 e as certificações da propriedade consolidam a excelência da queijaria. “Quando você entende e gosta do que produz, a qualidade aumenta significativamente. Todos os selos e certificados que a propriedade possui são uma evidência, assim como os prêmios. Estamos muito felizes pelas oportunidades, elevando a queijaria Dois Irmãos e a nossa região, rica na produção leiteira”, disse ele.

A participação no concurso foi viabilizada pelo Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná).

Queijaria Serra dos Macacos

Ozana Padilha, proprietária da Queijos Serra dos Macacos em Nova Laranjeiras, conquistou a medalha de bronze na categoria Queijo Colonial Maturado. O queijo, maturado por 50 dias, se destacou entre os 1.200 produtos inscritos de todo o país. “É um grande orgulho receber esse prêmio”, declara Ozana. “Começamos a produção de queijos em 2018, com apenas um queijo por dia. Aos poucos, a produção foi crescendo e construímos uma pequena queijaria, regularizando a produção”. A participação no Mundial do Queijo foi a primeira da empresa. Em 2023, a Queijos Serra dos Macacos já havia se destacado no Prêmio Queijos do Paraná, conquistando o Selo Super Ouro e o título de Melhor Queijo Colonial Maturado por 50 dias do Estado. “Só foi possível participar do Mundial com um tipo de queijo, pois os concursos exigem que os produtos tenham registro no SIM”, explica Ozana. “Até então, só tínhamos registrado o queijo colonial. Pretendemos aumentar o mix de produtos assim que nossa nova agroindústria estiver pronta, o que nos permitirá participar de competições com mais variedade”. O reconhecimento no Mundial do Queijo do Brasil é um importante passo na trajetória da Queijos Serra dos Macacos. “Esse prêmio demonstra a qualidade do nosso produto e nos motiva a continuar buscando sempre o melhor”, finaliza Ozana.

Reconhecimento

A competição, organizada pela associação SerTãoBras, avaliou queijos, iogurtes, doces de leite e coalhadas de forma anônima, pela sua aparência exterior e interior, textura, aromas e sabores. Além do Brasil, participaram do concurso Itália, Espanha, México, Argélia, Polônia, Irlanda, Colômbia, Argentina, Inglaterra, Suíça, França e Uruguai. Entre as queijarias premiadas, algumas recebem assistência técnica do IDR-Paraná, como o Rancho Seleção, de Londrina, que conquistou uma medalha Super Ouro, três Ouro, uma Prata e uma Bronze.