Paraná: safra de milho ocupará 2,564 milhões de hectares e feijão, 381 mil

De acordo com o Deral, a soja continua sendo a cultura que ocupa a maior área nas lavouras, uma vez que as condições climáticas têm influenciado diretamente o ritmo das atividades no campo

O plantio da segunda safra de grãos no Paraná começou de forma tímida, com destaque para as culturas de milho e feijão. De acordo com o Boletim Semanal de Conjuntura Agropecuária, elaborado pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, o milho deve ocupar 2,564 milhões de hectares, enquanto o feijão está previsto para 381 mil hectares.

Até o momento, apenas 6% da área destinada ao feijão foi semeada, enquanto o milho ainda não atingiu 1% do total previsto. Esse cenário está alinhado ao comportamento histórico do plantio neste período, onde o feijão é geralmente cultivado após a colheita de silagem, e o milho, em sucessão ao feijão da primeira safra.

Condições climáticas

As condições climáticas têm influenciado diretamente o ritmo das atividades no campo. Embora o final de 2024 tenha registrado chuvas significativas, o início de 2025 tem sido marcado por altas temperaturas e precipitações irregulares, o que tem dificultado o avanço no plantio.

No total, já foram semeados mais de 32 mil hectares das culturas de segunda safra. Esse número ainda é pequeno quando comparado aos 6,2 milhões de hectares utilizados na primeira safra de grãos.

Colheita

O Deral prevê que o plantio ganhe ritmo apenas após o avanço da colheita da soja, que ocupa 5,7 milhões de hectares, representando 93% da área de grãos na primeira safra. Atualmente, menos de 1% da soja foi colhida, enquanto 12% das lavouras estão em estágio de maturação. Esse percentual é inferior aos 16% registrados no mesmo período do ano passado, indicando uma colheita mais lenta neste ciclo.

Produção de trigo

O desempenho final da colheita de trigo em 2024 levou o Deral a reavaliar a produção, que passou de 2,31 milhões para 2,36 milhões de toneladas. Essa estimativa é baseada nos resultados das últimas lavouras colhidas, das quais, em novembro, menos de 1 mil hectares ainda restavam dos 1,14 milhão semeados.

Apesar da leve melhora, a produção de trigo de 2024 representa uma redução de 38% em relação ao potencial das lavouras (3,8 milhões de toneladas) e de 36% em comparação com a safra de 2023, quando foram colhidos 3,6 milhões de toneladas.