Os impactos da baixa temperatura na água afetam a produção de peixes no clima frio, causando a morte de muitas espécies
O período anual de frio traz grandes preocupações para quem atua no mercado de piscicultura: os impactos da baixa temperatura da água na produção de peixes no inverno.
É muito comum que as baixas temperaturas causem a morte de peixes criados em propriedades rurais — em especial espécies de peixes tropicais, nas quais, precisam que a temperatura da água se mantenha acima dos 24 graus Celsius para que possam se desenvolver.
Pensando nisto, a secretaria de Agricultura e Meio Ambiente de Virmond publicou algumas dicas que podem ajudar os produtores a enfrentarem esses desafios.
“Um dos principais problemas estão relacionados a temperatura amenas, pois os peixes são considerados animais de sangue frio e, por isso, a temperatura corporal deles é igual a temperatura do ambiente em que estão, o que os leva a diminuir o ritmo metabólico; portanto ficam parados, podendo em alguns casos chegar à morte”, anunciou a assessoria de imprensa da prefeitura.
Cuidados
Seguindo o guia publicado, é de extrema importância que os produtores fiquem atentos quanto ao manejo adotado em seus tanques, principalmente em relação a nutrição.
“É importante salientar que o fornecimento de ração deve ser reduzido nesse período, pois, além dos peixes não consumirem a ração, o excesso acaba restando no tanque, causando problemas com a qualidade de água, afetando principalmente a disponibilidade de oxigênio primordial para sua sobrevivência”, afirmaram.
Outros fatores químicos e biológicos também podem afetar o desenvolvimento e crescimento dos peixes. Espécies de climas quentes, por exemplo, tendem a suportar menos a essa variação de temperatura, pois sua faixa de conforto varia de 24 a 28 graus, por isso é comum encontrar peixes mortos sendo por motivos de frio, qualidade de água, manejo de alimentação e/ou doenças.
“Para evitar esse tipo de situação recomenda-se que o produtor não forneça ração em dias muito frios e, quando alimentados, que a quantidade não ultrapasse ¼ da quantidade fornecida em dias de temperatura quente”, afirma a publicação.
Além disso, é importante utilizar sal comum para evitar doenças como fungos e bactérias e realizar manejo de qualidade de água com orientação técnica para evitar mais problemas.