Autolesão: o que é o transtorno, como identificar e tratar

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Uma explicação para a prática desses atos é como forma de aliviar alguma dor mental - Créditos: Reprodução

O apoio profissional auxilia a pessoa a ser capaz de descobrir alternativas saudáveis para resolver suas perturbações

A última pesquisa do Ministério da Saúde mostrou que houve um aumento de 43% no número anual de mortes, entre 2010 e 2019. Calcula-se que, em média, 38 pessoas cometem suicídio por dia, entre os jovens de 15 a 29 anos, o suicídio foi a quarta causa de morte. Mudanças fisiológicas nessa faixa etária são um gatilho para que o jovem desenvolva algum transtorno mental.

Um desses transtornos pode ser a autolesão, comportamento intencional que envolve uma agressão ao próprio corpo sem intenção de suicídio. Mas que pode ser considerado um fator de risco para o suicídio.

Porque a pessoa se fere

É difícil entender porque uma pessoa se fere. Em geral, isso é explicado como uma forma de aliviar alguma dor mental, como um sofrimento, angustia por conflitos, uma dor que é psíquica vira uma dor física quando a pessoa passa a se cortar. As pessoas que fazem isso, tem um alívio da dor psíquica.

Sinais

Existem alguns comportamentos que podem indicar a prática de automutilação. Dentre eles, o hábito de vestir calças e blusas de manga compridas mesmo durante o calor e o aparecimento de lesões e cicatrizes sem causa aparente. Por isso é importante observar a preferência por isolamento social, cenários de impulsividade, irritabilidade, autocrítica exacerbada, os transtornos alimentares e diminuição da higiene pessoal.

Tratamento

A primeira conduta a ser seguida é criar um ambiente acolhedor. A partir daí, é essencial analisar e estabelecer uma relação de confiança, afetividade e diálogo. Uma grande aliada do tratamento é a terapia cognitivo-comportamental, que permite identificar e tratar os motivos que levam a essa prática. Desse modo, o apoio profissional auxilia a pessoa a ser capaz de descobrir alternativas saudáveis para resolver suas perturbações. Dependendo do caso, medicamentos também podem ajudar a diminuir ou cessar os episódios de autolesão, aliado à psicoterapia.