“Pilates na terceira idade é sinônimo de qualidade de vida”, afirma fisioterapeuta
De acordo com Rafaeli Volff, não é necessário temer aos exercícios, mas sim relaxar e aproveitar os benefícios da prática, como autonomia, leveza e equilíbrio
Envelhecer com autonomia, leveza e vitalidade é o desejo de muitos. E para a fisioterapeuta Rafaeli Volff Pereira, de Porto Barreiro, esse desejo é possível – e pode ser alcançado com o Pilates. Desde que se formou em Fisioterapia pela Unicentro, em 2022, Rafaeli se dedica à prática do método criado por Joseph Pilates e há dois anos fundou seu próprio Studio de Pilates e Fisioterapia no município.
Muito mais que um exercício
“O Pilates é um exercício físico e mental que trabalha o corpo de forma global, com foco em força, flexibilidade, respiração e controle. Vai muito além de grandes movimentos: ele é uma ferramenta para se reconectar com o próprio corpo”, explica Rafaeli. O método é baseado em princípios como concentração, controle, centralização, fluidez e precisão, e pode ser adaptado para todas as idades e condições físicas.
Na terceira idade, ele se destaca por ser uma das práticas mais seguras e eficazes. “Muita gente tem receio de não dar conta, mas o Pilates é, justamente, para isso: ajudar a envelhecer com dignidade, segurança e bem-estar”, completa.
Autonomia e qualidade de vida
De acordo com Rafaeli, os benefícios do Pilates para idosos são amplos: melhora o equilíbrio, fortalece os músculos, auxilia na respiração e postura, estimula a coordenação motora e eleva a autoestima. “Tudo isso contribui diretamente para a autonomia na vida diária. É gratificante ver os alunos ganhando confiança em seus movimentos e retomando atividades que haviam deixado de lado”, conta.
Um dos casos que mais a marcou foi o de uma aluna da terceira idade que chegou com dores constantes nas costas, medo de cair e insegurança. “Com poucos meses de prática regular, ela já sentia menos dor e se dizia mais jovem. Hoje ela caminha, participa de eventos sociais e não tem mais medo de se movimentar”.
Com que frequência praticar?
Segundo a fisioterapeuta, o ideal é praticar Pilates de duas a três vezes por semana. “Com essa regularidade, os ganhos são perceptíveis tanto no físico quanto no emocional”. E quanto ao tempo de prática, Rafaeli é enfática: “O Pilates não tem prazo de validade. É como escovar os dentes: você não para porque melhorou, continua porque faz bem. Muitos dos meus alunos permanecem por anos”.
Pilates é para todos os ritmos
Outro ponto importante, segundo ela, é o respeito ao corpo e aos limites de cada aluno. “Os exercícios são adaptáveis. O que importa é a constância e a qualidade da orientação. Não se trata de alcançar posturas difíceis, e sim de viver com mais consciência, equilíbrio e leveza”.
E quanto ao melhor horário para as aulas? Rafaeli aconselha: “É aquele que se encaixa na rotina de cada um. O importante é estar presente e concentrado”.
Envelhecer com dignidade e bem-estar
Para quem está pensando em começar, Rafaeli deixa uma mensagem: “Nunca é tarde para cuidar de si. O Pilates é uma ferramenta maravilhosa para quem quer viver bem, com mais saúde e confiança. Envelhecer não precisa ser sinônimo de dor ou limitação – pode ser um novo capítulo cheio de possibilidades”.