Tailândia registra primeira morte por antraz desde 1994 e emite alerta de saúde
O episódio desencadeou um alerta nacional de saúde pública, com autoridades identificando pelo menos 638 pessoas potencialmente expostas à bactéria
A Tailândia confirmou na quinta-feira (1º) a primeira morte relacionada ao antraz em mais de três décadas. O caso fatal envolve um homem de 53 anos, morador da província de Mukdahan, no nordeste do país, próxima à fronteira com o Laos. Ele morreu na quarta-feira (31) após contrair a bactéria. Um segundo caso foi confirmado na mesma região e outros três estão sob investigação.
O episódio desencadeou um alerta nacional de saúde pública, com autoridades identificando pelo menos 638 pessoas potencialmente expostas à bactéria, a maioria por meio do consumo de carne crua ou mal cozida.
Centenas sob monitoramento
Segundo o Ministério da Saúde da Tailândia, 36 dessas pessoas participaram do abate de animais e o restante ingeriu carne possivelmente contaminada. Todos estão recebendo antibióticos como medida preventiva, enquanto seguem sob vigilância. “Todos os indivíduos que podem ter entrado em contato com carne infectada estão sendo monitorados”, informou o governo em nota oficial.
O antraz é uma doença infecciosa rara, mas grave, causada por bactérias presentes em animais infectados. A transmissão para humanos geralmente ocorre por meio do contato com esses animais ou pelo consumo de seus produtos, especialmente carne. Não há transmissão de pessoa para pessoa.
Casos na região preocupam autoridades
Antes do caso recente, o último registro de infecção humana por antraz na Tailândia havia ocorrido em 2017, com dois casos não fatais. Já em 2000, foram contabilizados 15 infectados, também sem mortes. A última fatalidade havia sido em 1994, quando três pessoas morreram.
O novo caso ocorre em meio ao aumento de infecções na região do sudeste asiático. O vizinho Laos registrou 129 casos de antraz em 2023, com uma morte. O Vietnã confirmou 13 infecções apenas em maio do ano passado.