“Queremos melhorar a ocupação de vagas e a divulgação da universidade, assim como a infraestrutura e qualidade dos cursos”, afirmam candidatos da chapa 2

Candidatos da chapa ‘UFFS Plural’ discorrem sobre suas propostas para reitores da UFFS ao Correio do Povo

O jornal Correio do Povo recebeu os candidatos a reitores da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), da chapa 2 ‘UFFS Plural’, Anderson Ribeiro e Lísia Ferreira para discutir suas propostas e medidas para a UFFS.

Anderson André Genro Alves Ribeiro, possui graduação em Física pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRS) e doutorado em Física também pela UFRS. Atualmente é professor associado 1 da Universidade Federal da Fronteira Sul, lotado no Campus Erechim, onde já foi diretor de campus. Tem formação na área de Teoria Geral de Partículas e Campos.

Lísia Regina Ferreira, é pós-doutora em Psicologia pela Pontifícia Universidade de Campinas (PUC-campinas). Doutora em Educação: Psicologia da Educação pela PUC-SP; Mestre em Psicologia pela PUC-RS. Atualmente é professora associada da UFFS. Coordenadora Institucional do Comitê Gestor Institucional de Formação Inicial e Continuada de Profissionais da Educação Básica da UFFS (COMFOR-UFFS, Gestão 2013 a 2015) e também já foi diretora do Campus Chapecó da UFFS.

Jornal Correio do Povo do Paraná: Por que vocês decidiram concorrer à reitoria da UFFS?

Anderson Ribeiro: Nossa decisão de concorrer à reitoria da UFFS surgiu da experiência como ex-diretores dos campi de Chapecó e Erechim. Identificamos que a gestão superior estava muito distante das atividades da universidade e das necessidades dos alunos e servidores. Em 2019, nos candidatamos à reitoria e, apesar de termos sido eleitos, não fomos nomeados. Passados quatro anos, os problemas continuam, e nossas propostas ainda são relevantes, razão pela qual decidimos concorrer novamente, buscando efetivamente melhorar a qualidade da gestão e da educação na UFFS.

Correio do Povo: O que vocês gostariam de pôr em prática, pensando na UFFS como um todo? Já existem projetos de ampliação, ou implementação de novos cursos?

Lísia Ferreira: O principal objetivo da nossa chapa é abordar questões essenciais para a UFFS como um todo, como melhorar a ocupação das vagas, diminuir a evasão e enfrentar dilemas internos como infraestrutura e qualidade dos cursos. Pretendemos implementar ações que incluem ampliar a divulgação da universidade, melhorar as condições de permanência, atualizar currículos, apoiar estudantes com bolsas e monitoria e trabalhar com dados e informações para propor soluções eficientes.  Pretendemos investir em publicidade e propaganda institucional para tornar a universidade mais conhecida e atrativa, para aumentar a inclusão de novos alunos e evitar a evasão.

Anderson: Quanto à ampliação e implementação de novos cursos, estamos cientes de que isso depende de recursos federais, disponibilidade de vagas e infraestrutura adequada. Nossa estratégia inclui buscar esses recursos junto ao Governo Federal e outros órgãos financiadores, elaborar um plano de desenvolvimento institucional sólido e estabelecer parcerias com outras universidades e instituições. Com base nisso, poderemos pensar na criação de novos cursos, levando em conta as necessidades do mercado e da sociedade. Precisamos de colaboração da comunidade, representada por prefeitos, câmaras de vereadores e outros órgãos públicos. Isso ajuda nossos estudantes a conseguirem transporte e subsídios municipais para facilitar o acesso à universidade.  Vamos dialogar com o MEC, parlamentares e outras universidades com características semelhantes para demandar recursos estruturais. A partir disso, podemos pensar em novos cursos.

Correio do Povo: Sobre Laranjeiras, o campus enfrenta desafios próprios como a queda no número de alunos e acidentes no trevo. Existe também a proposta do deputado Felipe Barros de separar o Paraná da UFFS. O que a comunidade pode esperar de seu mandato? Como veem a possibilidade de desmembramento?

Lísia: Temos planos para melhorar a infraestrutura do campus Laranjeiras, trabalhando em conjunto com órgãos competentes e prefeituras para melhorarias. As vias de acesso aos campi, por exemplo, ações simples podem ajudar, como melhorar a iluminação e sinalização, podem aumentar a segurança e prevenir acidentes. Queremos realizar melhorias nos laboratórios, salas de aula e espaços comuns, garantindo um ambiente propício para o aprendizado e a socialização dos alunos.

Anderson: Sobre a questão do desmembramento das UFFS do Paraná, nossa posição é trabalhar para manter a unidade nacional da universidade e fortalecer sua presença em toda a região. Para isso, planejamos dialogar com as prefeituras das áreas em que a universidade está inserida, buscar apoio de políticos e instituições regionais e trabalhar em prol da educação superior pública e de qualidade na região. Acreditamos que, ao unir forças e focar no desenvolvimento conjunto da UFFS, podemos contribuir significativamente para o progresso da educação e da sociedade na região.

Correio do Povo: Para concluir vocês querem colocar mais alguma coisa, alguma informação relevante?

Lísia: Pretendemos estabelecer um diálogo com a comunidade e a região para identificar cursos com maior atratividade e demanda, que possam sustentar nossa oferta de formação de professores. Pretendemos analisar também a demanda em nível nacional e regional, além de reformular cursos já existentes que possam estar enfrentando dificuldades. Queremos basear nossas decisões em informações e dados, utilizando indicadores para medir a demanda e a oferta dos cursos. Também é importante estudar as causas por trás da baixa procura por alguns cursos e buscar soluções antes de tomar decisões drásticas, como extinguir um curso.

Anderson: Acreditamos que a gestão deve estar aberta ao diálogo e discutir essas possibilidades com professores, servidores e alunos. É importante envolver todos nesse processo, buscando informações e ideias que possam contribuir para a tomada de decisões.