Estiagem aumenta área seca e causa prejuízos ao agronegócio no Paraná

As doses foram divididas pelo Ministério da Saúde em quatro lotes diferentes

Segundo relatório do Monitor de Secas, o Paraná registrou entre os meses de abril e maio um aumento de 40% para 46% de área seca grave e de 46% para 50% para seca moderada, sendo que apenas o litoral do estado não registrou esse fenômeno. Esse é o maior índice de seca do Paraná no indicador desde dezembro de 2020.

O Monitor de Secas realiza o acompanhamento contínuo do grau de severidade das secas no Brasil com base em indicadores do fenômeno e nos impactos causados em curto e/ou longo prazo.

Esses impactos e curto prazo são para déficits de precipitações recentes até seis meses. Acima desse período, os impactos são de longo prazo. Todos esses indicadores são utilizados por diversos entes do poder público para realizar políticas de combate à seca.

A coordenação do projeto é realizado pela ANA (Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico), como apoio da FUNCEME (Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos) e desenvolvimento de diversas instituições como o IAT (Instituto Água e Terra) e o Simepar (Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná).

A Niña

A forte estiagem que assola o Paraná e os outros estados da região Sul do Brasil tem no fenômeno La Niña como principal responsável.

“A La Niña é o resfriamento e o El Niño é o aquecimento das águas do Oceano Pacífico Equatorial, mais ou menos na costa do Peru até a costa da Oceania. A região do Pacífico que mais influencia na chuva em nosso país fica no Pacífico Leste. O oceano ajuda a manter uma quantidade de chuvas com a água mais frias e a La Niña força essas chuvas, principalmente no Paraná”, explicou a meteorologista do Somar, Carine Gama.

Esse efeito acaba fazendo com que as frentes frias se formem mais rápida nos oceanos e com isso não formavam chuvas regulares no Paraná, perdendo a força ainda nos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

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