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Projeto de repovoamento de abelhas completa um ano

As abelhas são responsáveis por 90% da polinização das espécies da Mata Atlântica e 70% das plantas utilizadas na alimentação humana

Na sexta-feira (20) o projeto `Poliniza Paraná´ completou um ano como uma importante ferramenta da gestão estadual para conservação ambiental, educação e desenvolvimento sustentável. Nesta data, no ano passado, a secretaria do Desenvolvimento Sustentável (Sedest) e o Instituto Água e Terra, lançaram o projeto de instalação das colmeias de abelhas nativas sem ferrão em cidades paranaenses.

O primeiro local que recebeu as colmeias foi o Chapéu do Pensador, em Curitiba, mas também chegou em Brasilândia do Sul, Campo Mourão, Kaloré, Maringá, Marumbi, São João e Sapopema.

O objetivo do projeto tem sido reintroduzir algumas espécies de abelhas que estão em processo de extinção, em unidades de conservação, parques urbanos, praças e jardins, contribuindo para a conservação das espécies nativas do Paraná.

Elas são responsáveis por aproximadamente 90% da polinização das espécies nativas do bioma da Mata Atlântica e 70% do total das plantas utilizadas na alimentação humana. Atraídas pelo cheiro e pelas cores, as abelhas voam de flor em flor, colhem o pólen e promovem a reprodução cruzada dessas plantas e garantem produção de frutos de melhor qualidade e com maior número de sementes.

A previsão é que as colmeias sejam instaladas em mais dez Unidades de Conservação Estadual ainda neste semestre. O objetivo é levar o projeto para todo o Paraná e fortalecer ainda mais a educação ambiental voltada às abelhas nativas, gerando um novo atrativo para o turismo em parques e unidades de conservação.

Além de fortalecer o setor turístico, os idealizadores acreditam que o projeto pode incentivar o surgimento de novos meliponários na iniciativa privada. A melipolicultura vem ganhando mercado devido às propriedades medicinais do mel produzido pelas abelhas sem ferrão e a introdução do produto na culinária gourmet.