Paraná ocupa segundo lugar nacional nas exportações de milho

O crescimento foi de 77%. Em relação à receita, foram gerados R$ 1,5 bilhão. O aumento foi de 81% em comparação com o primeiro quadrimestre, de US$ 147,9 milhões

O Paraná demonstra expressivo crescimento no setor agropecuário, conforme dados detalhados no Boletim de Conjuntura Agropecuária do Deral (Departamento de Economia Rural). O levantamento, referente à semana de 8 a 14 de maio, aponta avanços significativos em diversas culturas e produções animais.

Milho
As exportações de milho paranaense registraram um salto de 77% nos primeiros quatro meses de 2025, totalizando 1,18 milhão de toneladas, ante 668,4 mil toneladas no mesmo período do ano anterior (Agrostat/Mapa). Esse desempenho elevou o estado ao segundo lugar no ranking nacional de exportadores de milho, superando a posição de terceiro ocupada no mesmo período de 2024 e ficando atrás apenas de Mato Grosso, conforme análise de Edmar Gervásio, do Deral. A receita gerada por essas exportações atingiu US$ 267,1 milhões (R$ 1,5 bilhão), um aumento de 81% em relação aos US$ 147,9 milhões do primeiro quadrimestre de 2024, impulsionado tanto pelo maior volume embarcado quanto pela valorização do produto. O Irã se destacou como principal destino do milho paranaense, absorvendo 52% do volume total exportado, seguido por Egito (12,8%) e Turquia (11,3%). Em contraste com o desempenho estadual, as exportações nacionais de milho apresentaram uma retração de 14%, somando 6,07 milhões de toneladas contra 7,07 milhões nos primeiros quatro meses de 2024.

Frango
O abate de frangos no Brasil alcançou 1,63 bilhão de cabeças no primeiro trimestre de 2025, um crescimento de 2,3% em relação ao mesmo período de 2024 e de 0,9% em comparação com o último trimestre do ano passado (IBGE). A produção de carne de frango acompanhou essa tendência, atingindo 3,45 milhões de toneladas no período. O Paraná manteve sua posição de liderança nacional nesse cenário, respondendo por 34,2% do abate e 34,9% da produção de carne de frango no acumulado de 2024. O estado também registrou um crescimento de 2,5% no número de abates e de 3,1% no volume produzido em relação a 2023.

Suínos
O Paraná estabeleceu um novo recorde mensal de exportação de carne suína em abril, com 21,2 mil toneladas embarcadas (Agrostat/Mapa). Esse volume representa um aumento de 25,5% em relação a abril de 2024 (4,3 mil toneladas) e de 9,3% em comparação com março deste ano (1,8 mil toneladas). As perspectivas para os próximos meses são otimistas, com a expectativa de aumento no volume exportado no segundo semestre, historicamente favorável, o que reforça a possibilidade de novos recordes ainda em 2025.

Ovos
No primeiro trimestre de 2025, o Paraná se posicionou como o segundo maior produtor de ovos do Brasil, com 459,1 milhões de dúzias produzidas, representando 9,8% do total nacional (Pesquisas Trimestrais da Pecuária/IBGE). Esse volume é 5,5% superior ao registrado nos três primeiros meses de 2024. No âmbito das exportações, o estado ocupou a quarta colocação nacional no primeiro quadrimestre, com 2.454 toneladas exportadas, gerando uma receita de US$ 11,7 milhões. Esses números representam uma queda tanto no volume (-32,5%) quanto na receita (-20,4%) em relação ao mesmo período de 2024.

Cana-de-Açúcar
A área destinada ao cultivo de cana-de-açúcar no Paraná para 2025 é projetada em 507 mil hectares, um aumento de 1% em relação aos 501 mil hectares de 2024. Consequentemente, a expectativa é de uma safra maior neste ano, estimada em 36,7 milhões de toneladas. A colheita, iniciada em março, já atingiu cerca de 8% da área plantada.

Pitaia
O Paraná, com produção de pitaia presente em 126 municípios, registrou em 2023 uma produção de 3,2 mil toneladas em uma área de 273 hectares, gerando um Valor Bruto de Produção (VBP) de R$ 27,5 milhões (Deral). O boletim também destaca a realização do IV Simpósio Brasileiro e II Encontro Paranaense das Pitaias, que reunirá diversos atores do setor em Maringá, entre 21 e 23 de maio.

Tangerina
O Paraná ocupa a quarta posição no ranking brasileiro de produção de tangerina, com 94,5 mil toneladas colhidas em 2023, em uma área de 7,1 mil hectares. Houve uma redução de 11,3% na área e de 22% no volume produzido entre 2014 e 2023. A safra atual, em fase inicial de colheita, apresenta expectativas superiores à anterior, beneficiada por condições climáticas favoráveis que anteciparam a maturação e a concentração de açúcares nas frutas. Os produtores também se preparam para a 57ª Festa Nacional da Ponkan, que acontecerá de 6 a 8 de junho em Cerro Azul, considerada a Capital Nacional do Cítrico.