Novas tarifas de pedágio podem ser ‘sensivelmente superiores’ às anteriores
Aumentos dos insumos elevaram o custo de obras, mas conforme secretário de Infraestrutura o preço das futuras tarifas deve ser menor do que das antigas concessões
De acordo com um relatório assinado por técnicos do Tribunal de Contas da União (TCU), acerca do novo modelo de pedágio proposto no Paraná, as tarifas, cobradas de usuários, podem ser superiores às dos últimos anos.
O documento foi entregue ao ministro Walton Alencar Rodrigues, relator do processo de concessão de rodovias no TCU. Consta no relatório dos técnicos que as obras estão orçadas no novo modelo: terceira faixa da BR-277 e a duplicação PR-092 e da PR-407.
Análise de concessão
As propostas de concessão dos lotes um e dois foram analisadas. Ambos compreendem mil quilômetros, como rodovias que ligam Curitiba ao litoral, Campos Gerais e Norte Pioneiro.
Conforme o relatório, o estado teve a tarifa mais cara do país por mais de duas décadas. Espera-se que os editais da licitação para os lotes sejam lançados ainda neste ano.
Menor preço
A disputa entre as empresas que vão assumir as rodovias ocorrerá na Bolsa de Valores, pelo menor preço. A concessionária vencedora será a que oferecer o maior desconto em cima da tarifa estabelecida no edital, com a expectativa de que custem, em média, metade do que antes.
Vão ser criadas 15 novas praças de pedágio no Paraná. Também estão previstas a duplicação de quase 1,8 mil quilômetros e a instalação de rede de internet wi-fi em todos os trechos de concessão.
O secretário estadual de Infraestrutura, Fernando Furiati, afirma que apesar dos aumentos dos insumos que elevaram o custo de obras, o preço das tarifas pode ser menor do que das antigas concessões. “Esperamos e temos praças que vão dar mais de 50% de desconto. O ministério vem sinalizando que existem competidores com apetite de entrar nessa nova concessão, que poderão sim dar bons descontos nos nossos lotes”, declarou Furiati.