Casa de Repouso São Francisco Xavier: Ponto de Cultura, Itaipu e UFFS soltam alevinos que combatem a dengue
A ação busca combater o Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, chikungunya e zika vírus, sem o uso de produtos químicos
Na última semana (20), uma importante iniciativa de controle biológico da dengue foi realizada na Casa de Repouso São Francisco Xavier, em Laranjeiras do Sul. O Ponto de Cultura, projeto desenvolvido pela Agência de Desenvolvimento Regional do Sudoeste do Paraná, em convênio com a Itaipu Binacional e em parceria com a Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), promoveu a soltura de peixes, chamados ‘barrigudinhos’, em um lago utilizado para o cultivo de agrião. A ação busca combater o Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, chikungunya e zika vírus, sem o uso de produtos químicos.
Aliados naturais contra a dengue
Devido às condições ambientais do lago, havia o risco de que ele se tornasse um criadouro de larvas do mosquito. Para impedir isso, foram introduzidos os peixes ‘barrigudinhos’ que se alimentam dessas larvas, interrompendo o ciclo de vida do inseto e reduzindo as chances de propagação de doenças. “Nosso objetivo é promover uma solução sustentável, que una saúde pública e preservação ambiental. Em vez de recorrer a produtos químicos, que podem afetar o cultivo do agrião e o ecossistema local, utilizamos peixes como controle natural”, explicou Ricardo Callegari, coordenador do projeto.
Parceria
A realização da ação foi viabilizada pelo apoio da Itaipu Binacional, que investe em projetos ambientais e comunitários na região, e pela UFFS, que ofereceu suporte técnico e científico para garantir a eficácia do método adotado. “Essa parceria é fundamental para ampliarmos o impacto positivo dessas iniciativas. O envolvimento da UFFS garante suporte técnico e científico, enquanto a Itaipu viabiliza ações concretas que fortalecem a sustentabilidade local”, ressaltou Ricardo.
Sustentabilidade e segurança alimentar
Além de contribuir para o controle da dengue, a iniciativa também beneficia a produção agrícola e a qualidade da alimentação dos moradores. “O agrião cresce em contato direto com a água, então manter esse ambiente equilibrado e livre de agentes químicos é essencial para garantir um alimento saudável. Os peixes ajudam a preservar essa qualidade sem prejudicar o cultivo”, destacou a engenheira agrônoma envolvida no projeto Sandra Gnoatto. A equipe do Ponto de Cultura continuará monitorando os resultados da iniciativa e pretende expandir esse modelo de controle biológico para outros locais estratégicos da região. A expectativa é que a experiência sirva de referência para novas iniciativas que integrem saúde, meio ambiente e segurança alimentar.