Embora sejam facilmente identificadas pela desfolha da planta, essas lagartas não oferecem perigo aos humanos
Nos últimos meses, a tradicional rotina de domingo dos moradores de Laranjeiras do Sul foi interrompida por um visitante inusitado: a lagarta de coqueiro. Frequentar a praça José Nogueira do Amaral e levar as crianças para brincar no parquinho tornou-se um desafio para algumas famílias, que se assustaram com a presença desses pequenos insetos. Para entender melhor a situação, o Jornal Correio conversou com a engenheira agrônoma Talita Scheiffer Zanela, que explicou as características e o impacto dessa lagarta na cidade.
O que é a lagarta de coqueiro?
A lagarta de coqueiro, também conhecida como lagarta das palmeiras, pertence ao gênero Brassolis e é considerada uma praga para esse tipo de planta. Segundo a especialista, sua presença é mais notada nesta época do ano, especialmente nos centros urbanos, onde a espécie conseguiu se adaptar bem ao ambiente.Essas lagartas possuem um corpo com coloração marrom-escura e uma listra longitudinal, além de uma cabeça levemente castanho-avermelhada. Uma característica marcante é a fina pilosidade que recobre seu corpo.
Existe algum perigo para a população?
“Diferente de outras espécies, a lagarta de coqueiro não é urticante, ou seja, não causa queimaduras ou alergias ao contato”, esclarece Talita. Durante o período larval, elas vivem dentro de um ninho construído pela união de vários folíolos e passam a maior parte do tempo abrigadas durante o dia, saindo para se alimentar das folhas dos coqueiros principalmente à noite.A presença dessas lagartas costuma ser registrada entre setembro e março, mas pode variar conforme as condições climáticas. Embora sejam uma preocupação para a saúde das palmeiras e coqueiros, a engenheira agrônoma reforça que não há motivo para pânico. “Elas fazem parte do ciclo natural desses ambientes e, em muitos casos, sua população é controlada por predadores naturais.”
Como lidar?
Para aqueles que desejam preservar suas plantas, a recomendação é monitorar a presença dos ninhos e, caso necessário, buscar orientação técnica para o manejo correto da praga. Com a conscientização e o cuidado adequado, os laranjeirenses poderão voltar a desfrutar da praça Nogueira do Amaral sem preocupações com esses pequenos visitantes.